Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. Barulho incômodo | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Lydia Medeiros

Incerteza se torna marca do governo Lula

Lydia Medeiros

Lula, Motta e Alcolumbre isolam Bolsonaro

Lydia Medeiros

Lula põe em risco o próprio legado

Lydia Medeiros

Brasil tropeça no mundo pós-Trump

Lydia Medeiros

PL fica isolado na Câmara

Crise política

Barulho incômodo

Com os vídeos de Gonçalves Dias, oposição radical ganhou palco, além das redes, que já domina com anos-luz de vantagem sobre o governo.

Lydia Medeiros

Lydia Medeiros

20/4/2023 14:40

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA

Lula terá de contar com Lira e Pacheco para controlar as indicações
partidárias dos integrantes da comissão e reduzir danos. Foto: José Cruz/ABr

Lula terá de contar com Lira e Pacheco para controlar as indicações partidárias dos integrantes da comissão e reduzir danos. Foto: José Cruz/ABr
Chegou ao Congresso a proposta de novas regras para controle das contas públicas. Será a primeira grande batalha do governo Lula, que ainda não sabe o tamanho da sua base parlamentar. No entanto, o projeto de lei complementar, entregue pelo ministro Fernando Haddad, já tem um fiador: Arthur Lira. O presidente da Câmara prometeu empenho e disse que irá buscar apoio para aprovar o projeto até 10 de maio - e com placar superior aos 257 votos necessários. Para Lira, o texto deve ter, "por obrigação", 308 votos, quórum mínimo para emendas constitucionais. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, fez coro e também se comprometeu a acelerar a tramitação e concluí-la no final de maio. Lira foi peça fundamental do governo Bolsonaro, mas parece não ter encontrado problemas em fazer a transição para o governo Lula. Assumiu a tarefa de organizar a dispersa base governista na Câmara e dar ao petista sua primeira vitória, retomando o protagonismo que tinha na gestão anterior. O resultado é fundamental para o governo, mas também para Lira. Ele quer deixar como marca de sua gestão a reforma tributária - com aprovação pela Câmara ainda neste semestre -, e votar as regras fiscais é pré-condição para isso. O governo e seus aliados terão, certamente, uma série de obstáculos. Mudanças na estrutura base do projeto podem inviabilizá-lo, e ainda não está claro onde está a "gordura" no texto a ser queimada nas negociações. Já se fala, por exemplo, em preservar pontos da Lei de Responsabilidade Fiscal que a proposta anula, como punições caso as metas fiscais não sejam cumpridas, e parâmetros para contingenciamentos, a fim de readequar as despesas orçamentárias. Há ainda pressão de setores do mercado financeiro, que não "compram" a ideia de Haddad e já mostram desconfiança. É o caso da gestora de investimentos ASA, que já questionou a metodologia para cálculo da receita -parâmetro que vai definir o limite de gastos, segundo o projeto. E não se pode esquecer do "fogo amigo", o esforço que PT e partidos da esquerda provavelmente farão para afrouxar as regras e deixar o governo livre para gastar. São dificuldades previstas. O que o governo não contava era ter de administrar essa negociação com uma CPI mista em andamento. A demissão do general Gonçalves Dias da chefia do GSI, depois da divulgação de vídeos do 8 de janeiro que o mostram no Planalto com invasores, tirou do governo a possibilidade de evitar a investigação parlamentar sobre a tentativa de golpe de Estado. Pior, coloca-o na incômoda posição de ter de dar explicações, quando, como óbvia vítima dos atentados, poderia emparedar o bolsonarismo. Lula terá de contar com Lira e Pacheco para controlar as indicações partidárias dos integrantes da comissão e reduzir danos. Nessa articulação, precisará, sobretudo, dos partidos de centro para equilibrar a guerra de narrativas que a CPI vai desencadear. A oposição radical ganhou um palco, além das redes sociais - que já domina com anos-luz de vantagem sobre o PT e o governo.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
 
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Lula Reforma tributária LRF arthur lira Centrão Rodrigo Pacheco gonçalves dias CPI dos Atos Golpistas Arcabouço fiscal Lydia Medeiros

Temas

Colunistas Coluna Congresso
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Comunicação e justiça

Liberdade de acesso à informação ou palanque midiático?

2

Reforma política

A federação partidária como estratégia para ampliar bancadas na Câmara

3

Política ambiental

Política ambiental: desmonte, reconstrução e o papel do Congresso

4

Intolerância

Quando se ataca um povo, fere-se toda a humanidade

5

Polarização online

A democracia em julgamento: o caso Zambelli, dos feeds ao tribunal

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES