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Paulo Castelo Branco
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21/3/2017 | Atualizado 10/10/2021 às 16:32
[fotografo]GPO/Kobi Gideon[/fotografo][/caption]Há dois anos, eu e o advogado Carlos Mário Velloso Filho, a convite da Palestinian Bar Association (Ordem dos advogados), fomos à Cisjordânia representando o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, como membros da comissão "Paz na Palestina".
No aeroporto Ben Gurion, em Tel-Aviv, apesar da gentileza dos militares, sentimos a primeira demonstração da opressão dos israelenses contra os que se dirigem à Palestina. As perguntas desnecessárias e inconvenientes são a marca da recepção. Liberados, seguimos para o nosso destino: Hamalla.
A advocacia local se presta só para resolver as questões básicas do direito cível e comercial, pois o resto é função dos tribunais das Forças Armadas israelenses. As restrições a atividade profissional dos advogados são ilimitadas.
Mesmo assim, visitamos as sedes regionais e o tribunal superior da Autoridade Palestina. Observamos uma dura prática da opressão contra um povo. E a liberdade controlada permanentemente não é liberdade!
É preciso que se diga que a opressão não é praticada pelo povo judeu, e sim por determinação dos comandantes militares e políticos israelenses. A título de exemplo, tivemos a oportunidade de conversar com judeus e palestinos, como a indicação de agentes de turismo que nos levaram a Jerusalém e que convivem pacificamente que desejam o fim da guerra sem fim que assola a região.
Netanyahu é um israelense sangue puro. Estudou nas melhores escolas americanas com louvor e voltou para Israel para servir às forças militares contra qualquer outra nação, organismo internacional ou pessoa que defenda os direitos internacionais e humanos do povo palestino.
Seu grupo é rejeitado inclusive por ex-militares israelenses que se opõem à ocupação da Palestina e contra a discriminação que sofrem os seus cidadãos. A ONU e muitas outras entidades participam de trabalhos na Cisjordânia ajudando a minimizar as agruras de crianças, mulheres e idosos que sobrevivem a duras penas.
Há dias, se não bastassem os acampamentos israelense nas terras ilegalmente ocupadas, o Parlamento israelense (Knesset) decidiu que estrangeiros que se manifestarem a favor de boicotes econômicos, culturais ou acadêmicos contra Israel em retaliação à expansão dos assentamentos israelenses ficarão proibidos de entrar em Israel. O caminho é o do afastamento das nações civilizadas e respeitadoras dos direitos humanos, como o foram na defesa dos judeus contra os nazistas.
O Estado judeu é o mundo globalizado onde estão milhões de seguidores da religião e que se misturam com outros povos harmoniosamente.
Outras medidas que afrontam os palestinos e muçulmanos são a aprovação de dois projetos de lei que proíbem a utilização de auto-falantes pelas mesquitas entre as 23h e às 7h, além de proposta em tramitação que proíbe o chamamento à oração feita pelo muezim cinco vezes ao dia. Ativistas de direitos humanos consideram que Israel quer controlar os seguidores do Islã e classificam as leis como "apartheid".
Netanyahu, com a agressividade de profissional da guerra, refutou relatório da Comissão Econômica e Social da Organização das Nações Unidas (ONU), que acusou Israel de promover um "regime de apartheid" que oprime e domina o povo palestino como todo". O relatório é a conclusão a que chegaram organismos internacionais, religiosos, dirigentes de nações, ativistas e outras personalidades que ficarão impedidas de entrar em Israel por terem se manifestado contra as políticas ditatoriais e excludentes dos governos israelenses, aliás, o professor Richard Falk, da Universidade de Princeton, autor do texto aprovado pela ESCWA, afirmou que: "É preciso notar que o relatório aborda os crimes do Estado de Israel e rejeita, incondicionalmente, qualquer culpa direcionada ao povo judeu".
Israel, para mim, só quando os políticos guerreiros israelenses saírem do poder e a paz voltar à Cisjordânia, o que é uma lástima, pois Israel é o exemplo de povo determinado e resistente, como foram e são os judeus mundo afora.
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