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26/1/2016 | Atualizado às 9:10

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Clique abaixo para ouvir o comentário de Beth Veloso veiculado originalmente no programa "Com a palavra", apresentado por Elisabel Ferriche e José Carlos Oliveira na Rádio Câmara: [video player="uol" tipo="audio" largura="330" altura="50"]15747598[/video] Inspirar faz parte do pacote de vantagens da internet. A gente recebe uma mensagem renovadora, e algumas reveladoras. Todos nós sabemos que o Brasil não é o país mais seguro do mundo e estamos longe de ver uma mudança neste cenário. Mas a comunicação de bolso nos tornou ainda mais vulneráveis. Os famosos batedores de carteira dão a vida hoje por um smartphone, o aparelho que recebe mais do que mensagem, recebe também vídeos, imagens. A explosão de celulares e tablets, ou seja, os computadores planos, fez com que esses dispositivos se tornassem o novo objeto de consumo dos ladrões de rua. Recentemente, recebi um abaixo-assinado online em que mães protestavam contra o aumento do número de assaltos a estudantes na saída da escola na área central de Brasília. Os alunos viraram alvo fácil dos bandidos que encontram um farto mercado negro para celulares roubados. Também na internet assisti recentemente a um vídeo em que a moça contava como desestimulou o ladrão de roubar o seu celular porque ali estava todo o seu trabalho contra a corrupção no país - curioso como a crise econômica e moral do Brasil sensibilizou mesmo quem optou por estar fora da lei: "Não moço, aqui estão todos os meus dados, toda a minha vida". Não é seguro guardar todos os segredos e documentos num dispositivo que pode desaparecer em um segundo. E, para isso, a gente salva os nossos dados, arquivos, imagens, agendas e vídeos num servidor distante que chamamos de nuvem, ou seja, num arquivo digital oferecido pela sua operadora ou por um serviço contratado por você. Mas, é claro, não dá para evitar o furto do celular apenas com a lábia do convencimento, como no vídeo da corrupção, nem corrigir o descuido do esquecimento com uma nuvem de informações sobre a sua cabeça. A medida efetiva adotada hoje pelo setor contra o roubo de celulares chama-se IMEI, ou seja, cadastro de unidades móveis impedidas. Trata-se de um sistema em que as operadoras mantêm o registro de todos os celulares roubados ou perdidos, segundo a informação prestada pelo próprio assinante. Os aparelhos cadastrados nesse registro estariam impedidos de serem reutilizados, ou seja, cabe à operadora negar o acesso as redes de telecomunicações de qualquer aparelho cadastrado junto ao IMEI. Sem acesso a uma rede de dados, um aparelho roubado não serve para nada e, assim, acredita-se que está se desestimulando o crime. O problema é que nem sempre esse cadastro funciona e, como tudo é possível no mundo do crime, há aplicativos que alteram o número IMEI do aparelho roubado, clonando um número válido, e liberando assim o dispositivo para reuso. Nada mais parecido com a troca de chassi de um carro. Recentemente, a Comissão de Defesa do Consumidor discutiu medidas para evitar a clonagem dos números de identificação dos aparelhos, mas muitas vezes o roubo acontece na própria loja, onde os aparelhos sequer estão bloqueados. Os franqueados do setor de telecomunicações reclamam da insegurança em que os funcionários vivem e pedem que todos os aparelhos, sem exceção, sejam bloqueados. É a violência nas cidades brasileiras tentando moldar a tecnologia e a liberdade de mudar de operadora, o que naturalmente, limita também a competição. Para o consumidor, fica a escolha de buscar um serviço melhor ou lutar por uma política que proteja de maneira mais efetiva os clientes dos serviços de telecomunicações, especialmente com a presença no mercado dos aparelhos de última geração, que podem custar até R$ 5 mil. Irresponsável é o pai que coloca na mão de um filho um objeto que custa o valor de uma joia, e acaba sem poder deixar o filho ir até a esquina sozinho, com medo de um assalto. Um pouco de bom senso e um debate mais aprofundado sobre o problema de roubo de celulares no Brasil são imperativos para não deixarmos as novas gerações tão vulneráveis. Mais um retrato da desigualdade no Brasil, em que uma politica industrial voltada para estimular a produção nacional poderia fazer com que toda criança brasileira, rica ou pobre, tivesse acesso a um celular ou um tablete fabricado no Brasil, independente da classe social e da condição econômica. O combate à desigualdade social e a democratização das telecomunicações é, sem duvida, uma das medidas mais eficazes contra o crescente roubo de celulares no Brasil. Mas, é claro que a soma dessas ações, celulares e tablets para todos, fabricados no Brasil, com preço mais acessível e a divulgação mais ampla da lista negra de celulares roubados fazem parte do mundo ideal. É trabalho para cada um de nós. Mande suas dúvidas e sugestões para [email protected] Texto produzido originalmente para o programa Papo de Futuro, da Rádio Câmara.   Mais sobre telefonia Mais sobre ciência e tecnologia
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