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8/3/2016 | Atualizado 10/10/2021 às 16:40

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Dia desses li que lá no Reino Unido um operador do serviço de emergência da polícia - o nosso "190" - recebeu dada ligação de um desesperado cidadão relatando estar em dificuldades no banheiro, em razão da falta de papel higiênico, e pedindo a ajuda dos agentes da lei. Ainda naquele país um elemento, perfeitamente sóbrio, telefonou para a polícia dizendo que tinha gasto todo o dinheiro no Natal, esquecendo-se de reservar algum para pagar o metrô - solicitou, pois, uma carona para casa a bordo de alguma viatura. Há também o caso da inglesa que procurou o serviço de emergência dizendo que o restaurante que entregava comida chinesa a domicílio não atendia suas chamadas - e assim pedia ajuda oficial para resolver o problema, pois estava com fome. Um outro cidadão, incomodado com algum problema relacionado a energia elétrica em sua casa, optou pelos serviços policiais. O agente da lei, pacientemente, chegou até a fornecer o número da concessionária local - só para ouvir, em seguida, ser "inacreditável" que a polícia não lidasse com problemas elétricos. Encontrei ainda o caso de um outro britânico que relatou ao policial de plantão estar com um vazamento de água dentro de casa, razão pela qual pedia que lhe fosse fornecido o nome e número de telefone de um encanador. Encerro a participação dos ingleses com a incrível ligação do preocupado proprietário de um cachorro relatando suspeitar que este estava com febre e solicitando a presença de uma equipe de paramédicos no local, munidos com um termômetro, para resolver o problema. Enquanto isso, do outro lado do Oceano Atlântico, uma mulher de 45 anos foi presa em Fort Pierce, na Florida (EUA), depois que ligou para o serviço de emergência da polícia para dizer que havia "comido demais". Outro norte-americano procurou os serviços policiais para relatar ter sido enganado ao comprar cocaína - cobraram do dito cujo US$ 40 por 0,4 grama, um preço que ele entendeu ser absolutamente abusivo e desonesto. Não menos curioso foi o chamado de um larápio que arrombou uma casa, instalou-se na banheira lá existente, relaxou bastante ao longo de um demorado banho e, ao final, pediu aos policiais que levassem para ele toalhas de banho e, se possível, alguns chocolates - até onde acompanhei o caso, porém, os agentes da lei só levaram um par de algemas e nada mais. E o que dizer da ligação de uma mulher lá de Ohio, pedindo aos agentes da lei que lhe arrumassem um marido? Advertida de que o uso impróprio do serviço de emergência lhe renderia três dias de cadeia, ela insistiu para que os policiais providenciassem seu casamento - e aí acabou presa e continuou solteira. De volta à Florida: um marmanjo de 32 anos procurou os policiais para reclamar que sua mãe implicava com seu hábito de beber cerveja, tendo chegado ao ponto de tomar-lhe uma latinha das mãos - ato por ele considerado inadmissível. E foi exatamente pensando em beber que outro norte-americano telefonou para a polícia, buscando uma carona até algum bar. Conseguiu uma - porém, só até a cadeia local. Ao norte dos EUA, lá no Canadá, o problema enfrentado pelos policiais foi a falta do que fumar - uma mulher de Ontario acionou os serviços de emergência pedindo que agentes fossem a alguma loja comprar mais cigarros para ela. Os casos que colecionei dariam um livro - mas paro aqui, por falta de espaço, com a reflexão de Molière: "E de todas é uma loucura sem par, este mundo querer-se endireitar". Mais sobre serviço público
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