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Por que pastores bolsonaristas não condenaram os atos golpistas de 8 de janeiro?

OPINIÃO: Parte da liderança pastoral na igreja evangélica brasileira se vê como viúva da ditadura. Por Sérgio Ricardo Gonçalves Dusilek

Observatório Evangélico

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5/12/2023 7:37

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Sérgio Ricardo Gonçalves Dusilek * Recentemente escolhi de modo aleatório alguns perfis de pastores bolsonaristas para ver se neles encontrava alguma condenação aos atos golpistas de 08/01/2023, naquilo que ficou conhecido como o "capitólio brasileiro". Antes que você me condene pela extemporaneidade do levantamento, quero dizer que esperei passar a CPMI dos Atos Golpistas, justamente por ter sido proposta por um deputado bolsonarista e por antever que ela seria um "tiro no pé" (se de CAC ou não, eu não sei dizer) do bolsonarismo.
Vencida a CPMI com toda exposição que ela trouxe, visitei então tais redes. Não há uma menção sequer, naquelas que escolhi como amostragem, aos atos golpistas em tom de condenação, de reprovação. Quando muito, aos alegados excessos do STF sobre os golpistas que foram presos. No mais, segue a cantilena bolsonarista do descondenado (o neologismo do bolsonarismo é o "ó"!), inclusive com pitadas de capacitismo ("nine") e traços xenofóbicos, tudo embebido no mais puro preconceito contra o presidente Lula.Ora, se não há condenação de algo que se constituiu em flagrante atentado à democracia brasileira, é porque, ao que tudo indica, parte da liderança pastoral na igreja evangélica brasileira se vê como viúva da ditadura civil-militar que assombrou este país por longos 21 anos. Isto implica dizer que temos uma liderança evangélica que se alinha ao negacionismo histórico sobre os porões da ditadura, e que se aproxima simpaticamente dos métodos usados nas sessões de tortura. Isto é muito grave. Soma-se a isto a possibilidade de que tais lideranças terem apoiado de modo tácito ou mesmo de maneira mais efetiva as manifestações golpistas que tomaram a Praça dos Três Poderes em Brasília no dia 08/01/2023. Conquanto tenha havido investigação e prisão preventiva de alguns líderes religiosos (pastores e pastoras, para nossa vergonha) diretamente, ao que tudo indica, envolvidos em tais processos, talvez fosse pertinente a Polícia Federal ampliar um pouco mais a extensão da aplicação da sua lupa investigativa. Aos bolsonaristas, pastores ou não, que ficaram surpresos e desaprovaram os atos de 08/01/2023, meu respeito. Aos demais, pela gravidade de tudo o que aconteceu e do que poderia ter acontecido, caso a tentativa de golpe lograsse êxito, espero que o Espírito de Deus os convença da loucura que cometeram ou apoiaram, assim como desejo que, para os efetivamente implicados, ainda que não indiciados, que a lei os alcance. A democracia é séria demais para que fique sujeita a novas apostas e testes sobre a extensão da sua fragilidade ou mesmo sobre sua validade.
* Sérgio Ricardo Gonçalves Dusilek é mestre e doutor em Ciência da Religião (UFJF/MG); pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Filosofia da Religião, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF/MG); pastor na Igreja Batista Marapendi (RJ/RJ); professor do Seminário Teológico Batista Carioca. Contato: [email protected]. É autor de Bíblia e Modernidade: A contribuição de Erich Auerbach para sua recepção e co-organizador de: Fundamentalismo Religioso Cristão: Olhares transdisciplinares; e O Oásis e o Deserto: Uma reflexão sobre a História, Identidade e os Princípios Batistas.
 
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
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