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Há três vezes mais negros e indígenas sem aula na pandemia do que brancos

Congresso em Foco

Autoria e responsabilidade de Edson Sardinha

10/9/2020 | Atualizado 11/9/2020 às 7:42

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Alunos em sala de aula, antes da pandemia[fotografo]EBC[/fotografo]

Alunos em sala de aula, antes da pandemia[fotografo]EBC[/fotografo]
Pesquisa feita com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica um fosso entre estudantes brancos e não brancos, matriculados nas redes pública ou privada, durante a pandemia. Com a suspensão das aulas presenciais, 4,3 milhões de alunos negros, pardos e indígenas ficaram sem nenhuma atividade escolar. Já entre os brancos, o número gira em torno de 1,5 milhão (veja os números, estado por estado). Os dados são de levantamento feito pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e pela Rede de Pesquisa Solidária, a partir de informações da Pnad-Covid do IBGE. Essa e outras questões relativas ao impacto da crise sanitária no sistema de ensino vão ser debatidas em live que o Congresso em Foco promove nesta sexta-feira (11), às 11h15, com o tema "Educação em tempos de pandemia". Participarão do debate os deputados Marcelo Freixo (Psol-RJ), Tabata Amaral (PDT-SP) e Raul Henry (MDB-PE) e a presidente-executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz. A organização apoiou a categoria Defesa da Educação, do Prêmio Congresso em Foco 2020. Os três parlamentares ficaram entre os premiados da categoria. Você poderá acompanhar a discussão neste link: Disparidade Para o sociólogo Ian Prates, do Cebrap e da Rede de Pesquisa Solidária, a pandemia deve aumentar as desigualdades no país. "Há uma combinação das questões socioeconômica, racial e regional", disse Ian ao Congresso em Foco. Entre as hipóteses para explicar a diferença entre os estudantes pelo recorte racial, estão a dificuldade das escolas pouco equipadas de oferecer aula a distância para seus alunos e a falta de estrutura, como acesso a computador e internet, em residências de baixa renda, onde a maioria é negra ou indígena. "A pandemia está escancarando as desigualdades. Mesmo quando pegamos estudantes e trabalhadores da mesma classe, há diferença entre pretos e brancos. Há expectativas diferentes. Os negros veem que sua chance de sucesso, de mobilidade social, é muito menor", explicou o sociólogo, que também coordena a área de mercado de trabalho e políticas sociais da Rede de Pesquisa Solidária. "A desigualdade de antes já se acirrou. Isso pode ser visto também no mercado de trabalho", acrescentou. Para o pesquisador do Cebrap, a discussão não pode se reduzir à questão social, como defende, por exemplo, parte da sociedade contrária à política de cotas. "Muitos alegam que o problema é ser pobre. Mas, mesmo entre os mais pobres, existem diferenças entre brancos e pretos. Na parte de cima também. Os médicos brancos recebem mais que os não brancos. Essa questão da desigualdade racial é uma agenda que foi colocada de lado nos últimos anos no Brasil", disse. A maior diferença proporcional entre estudantes brancos e não brancos matriculados sem atividades escolares no momento ocorre no Amazonas. Em todo o estado, há 28.227 brancos e 212.242 estudantes negros, indígenas ou pardos sem assistirem às aulas em razão da pandemia. A Bahia soma 120.995 estudantes brancos e 742.115 não brancos matriculados sem atividade escolar no momento. No último dia 28, um estudo divulgado pela Rede de Pesquisa Solidária revelou que 30% dos estudantes mais pobres ficaram sem atividades escolares em julho. Entre os mais ricos, foram menos de 4%. Os estudantes mais pobres do Sudeste e do Sul tiveram acesso às atividades escolares em proporção semelhante aos mais ricos do Norte e Nordeste. Para o líder de Relações Governamentais do Todos pela Educação, Lucas Hoogerbrugge, os efeitos econômicos da pandemia do coronavírus devem ampliar o fosso entre os estudantes brasileiros e aumentar a evasão escolar e a desigualdade social. A entidade do terceiro setor é uma das mais atuantes na área. "Já existe uma tendência maior de reprovação. A evasão, que tira o estudante da trajetória correta, é mais comum entre as famílias mais vulneráveis. Com a pandemia, deve haver uma necessidade maior de jovens começarem a trabalhar mais cedo. Muitas famílias não terão condições de pagar uma creche. Há um efeito de fragilização da família que levará à evasão", disse Lucas ao Congresso em Foco. > Pandemia aumentará evasão escolar, prevê Todos pela Educação
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