![Cúpulas da Câmara e do Senado[fotografo]Roque de Sá/Agência Senado[/fotografo] Cúpulas da Câmara e do Senado[fotografo]Roque de Sá/Agência Senado[/fotografo]](https://static.congressoemfoco.com.br/2021/01/camara-e-senado-roque-de-sa-agsenado.jpg) 
 
Cúpulas da Câmara e do Senado[fotografo]Roque de Sá/Agência Senado[/fotografo]
Assim como fez com os gastos específicos com divulgação, o
 Congresso em Foco também analisou os dados do 
Radar do Congresso sobre o uso total de cada parlamentar do cotão.
No caso dos deputados, a verba se chama Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap) e pode ser gasta com 19 tipos de rubrica. No caso do Senado, a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar dos Senadores (Ceaps) é dividida em cinco opções.
Apesar da divisão diferente, nas duas Casas o dinheiro usado no cotão pode ser gasto com áreas semelhantes como passagens aéreas, manutenção do escritório do parlamentar, hospedagens, publicidade e alimentação.
Além da pandemia do novo coronavírus, 2020 também foi um ano atípico por conta das eleições municipais, quando muitos parlamentares viajam mais para fazer campanha. Veja a seguir quem são os parlamentares que mais gastaram a verba em 2020 e, na sequência, leia o que eles dizem sobre as despesas.
>Gastos de parlamentares com divulgação do mandato aumenta na pandemia
>Radar do Congresso: menos comida, mais publicidade
Câmara dos Deputados
 
Campeão de gastos do cotão, o deputado
 Jesus Sérgio (PDT-AC) afirmou ao 
Congresso em Foco que a pandemia tornou 2020 um ano atípico que exigiu muito mais atuação dos parlamentares do que em anos anteriores.
O deputado cita estar em seu primeiro mandato e ter sido eleito por um partido ainda com pequena participação no Acre e que, por isso, aproveitou o período para percorrer as 22 cidades do estado e localidades da zona rural.
"A todo esse trabalho era necessário dar publicidade, como é direito dos eleitores e dever que me impõe a lei. Minhas despesas com a divulgação do mandato cresceram em 2020. Entre elas, a alimentação das redes sociais, o uso de ferramentas de impulsionamentos para fazer chegar a todo o Estado, a produção e veiculação de material de divulgação como cards, busdoor e outdoor, bem como as despesas com combustíveis e transporte aéreo, dado que temos quatro municípios no Acre sem ligação rodoviária, onde se chega apenas de barco (com muitos dias de viagem) ou por avião fretado", afirmou.
O deputado 
Silas Câmara (Republicanos-AM) também citou as particularidades de acesso ao seu estado, o Amazonas. "Meu estado é complexo mesmo, faço mandato com presença nos municípios e divulgando nosso trabalho parlamentar. No Amazonas temos o diferencial dessas particularidades", disse.
Os deputados 
Jéssica Sales  (MDB-AC) e 
João Maia(PL-RN)não se manifestaram sobre os gastos até o momento.
 Senado
Senado
Senador por Rondônia, 
Marcos Rogério (DEM) avaliou que os gastos condizem com a atuação parlamentar e estão relacionados ao seu volume de trabalho e à distância entre seu estado e Brasília.
"Qualquer avaliação justa quanto ao gasto de verba parlamentar, especialmente com deslocamento, deve considerar que o custo das passagens aéreas para a Região Norte é superior ao de outros estados e que no próprio Estado os deslocamentos são mais difíceis e custosos. Isso pode ser considerado também em relação aos meios de divulgação da atividade parlamentar, que é diferente de grandes centros, onde há concentração populacional, além de oferta e uso mais intenso de internet", afirmou.
O senador justificou também que, por ocupar presidir a Comissão de Infraestrutura (CI) e ser vice-líder do governo, precisa fazer mais deslocamentos, o que gera gastos. Além disso, afirma, a pandemia exigiu que estivesse presencialmente em Brasília para uma série de negociações e sessões.
Os senadores 
Acir Gurgacz(PDT-RO), 
Ciro Nogueira (PP-PI) e 
Jaques Wagner (PT-BA) não comentaram as despesas com a cota parlamentar até o momento.
