Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. De batalha pela aposentadoria a salário de R$ 200 mil: como foram os ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

De batalha pela aposentadoria a salário de R$ 200 mil: como foram os últimos anos de Dilma

Nova presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), a ex-presidente Dilma Rousseff batalhou para obter uma aposentadoria de R$ 5 mil.

Congresso em Foco

24/3/2023 | Atualizado às 18:32

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Atualmente, Dilma Rousseff é presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Atualmente, Dilma Rousseff é presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Oficializada nesta sexta-feira (24) como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição financeira ligada ao Brics, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) terá um salário de R$ 200 mil pelos próximos dois anos. O valor é 40 vezes maior do que a aposentadoria pela qual a ex-presidente batalhou nos últimos para obter desde que sofreu o processo de impeachment. Tudo começou ainda em agosto de 2016. O então presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (MDB-AL), costurou um acordo para realizar duas votações: uma para decretar a perda do mandato de Dilma e outra pela definição dos direitos políticos da ex-presidente, inclusive a possibilidade de exercer cargos públicos. Ex-ministra da Agricultura de Dilma, a então senadora Kátia Abreu defendeu a manutenção dos direitos políticos da ex-presidente e argumentou que ela seria convidada para dar aulas ou prestar consultoria para parlamentares, o que seria inviabilizado por uma eventual inabilitação da petista. "Peço aos colegas que não apliquem essa pena de inabilitação (dos direitos políticos) pela sua honestidade e idoneidade, independentemente de erros que alguns concordam que ela tenha cometido. A presidente já fez as contas de sua aposentadoria e deve se aposentar com cerca de R$ 5 mil. Então, precisa continuar trabalhando para suprir as suas necessidades", disse Kátia na época. Com 36 votos, o Senado manteve os direitos políticos de Dilma. No dia seguinte ao processo de impeachment, a ex-presidente entrou com o pedido de aposentadoria no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Todo o procedimento foi finalizado em menos de 24 horas o que levantou suspeitas de favorecimento. Segundo denúncia da revista Época, o ex-ministro da Previdência de Dilma Carlos Gabas, servidor de carreira da Previdência Social, operou a estrutura de burocracia governamental e conseguiu o benefício de R$ 5.189 para a ex-presidente. O então ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Alberto Beltrame, determinou a abertura de sindicância para apurar as circunstâncias da aposentadoria de Dilma. Segundo as investigações, Gabas conseguiu viabilizar a aposentadoria de Dilma depois de ter recebido tratamento especial em uma agência da Previdência Social no Plano Piloto, na Quadra 502 da Asa Sul, área central de Brasília, a poucos quilômetros da Esplanada dos Ministérios. Um ano depois, em agosto de 2017, a revista Veja teve acesso ao resultado da sindicância, que confirmou que Dilma furou a fila do INSS para se aposentar e conseguiu o benefício sem apresentar toda a documentação necessária. "A não observância à norma legal e regulamentar nos autos presentes, foi materializada na medida em que se deixou de exigir documentação necessária para a alteração cadastral da segurada Dilma Vana Rousseff", dizia trecho da sindicância. Em resposta à reportagem, a assessoria de Dilma acusou a revista de perseguição, ressaltou que Dilma concluiu 36 anos, 10 meses e 21 dias de serviços prestados e alegou que o benefício segue os rigores da lei. Passados mais de três anos, em dezembro de 2020, o Ministério da Economia retirou a penalidade contra uma servidora do INSS acusada de adiantar a aposentadoria da ex-presidente. A decisão foi assinada pelo então ministro Paulo Guedes. No recurso apresentado pela defesa da servidora diretamente a Guedes, uma prova nova foi apresentada ao caso: Dilma Rousseff não teria "pulado a fila" da Previdência Social, mas sim se valido de uma contagem feita pelo governo do Rio Grande do Sul ao considerar a ex-presidente como uma anistiada política. O tempo de contribuição previsto pelo governo gaúcho foi de 20/04/1977 a 27/09/1990, e foi incluído na contagem de tempo de contribuição de Dilma. A ex-presidente ainda entrou com um pedido para receber uma indenização mensal de R$ 10,7 mil por ter sido perseguida política na ditadura. Vinculada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a Comissão de Anistia negou o pedido de Dilma no ano passado, afirmando que a ex-presidente já tinha a anistia reconhecida pelo governo do Rio Grande do Sul. A recusa foi ironizada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). "Rejeitou também porque, entre outros motivos, a nossa querida Dilma Rousseff já recebe indenização em 4 outros Estados. Como ela trabalhou, hein?", afirmou o Bolsonaro em uma live. "Dilma Rousseff: perdeu. Quem sabe lá na frente quando algum esquerdista voltar ao poder, espero que não aconteça, você consiga mais uma pensão para você", reforçou o ex-presidente. A partir do dia 30 de março, a Comissão de Anistia retomará os trabalhos, vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos. O órgão pretende reavaliar todos os casos que foram negados pelo governo de Bolsonaro, inclusive a rejeição dada a Dilma.
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

INSS Dilma Rousseff aposentadoria Jair Bolsonaro Brics comissão de anistia

Temas

Economia País Notícia

LEIA MAIS

ECONOMIA

Aumento do IOF não poderá ser retroativo, decide Moraes

Alvo da PF

Em carta, Tarcísio diz que nunca faltou coragem a Jair Bolsonaro

JUDICIÁRIO

Alexandre de Moraes é um "gangster de toga", diz Eduardo Bolsonaro

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

REDES

Operação da PF contra Bolsonaro gera enxurrada de memes; veja

2

Impeachment

Senadores pedem impeachment da ministra Cármen Lúcia

3

Operação da PF

Saiba o que a PF encontrou na casa de Bolsonaro

4

Câmara dos Deputados

Isenção do IR: deputados do PL tentaram tirar imposto para renda alta

5

Memes

Internet ironiza investigação dos EUA contra o Brasil com memes

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES