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PREVIDÊNCIA
Congresso em Foco
30/4/2025 15:13
Após a reunião de líderes desta quarta-feira (30), o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), cobrou a demissão do ministro da Previdência, Carlos Lupi, diante do escândalo de descontos investigado pela Polícia Federal (PF) no Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS). O parlamentar diz estranhar a sua permanência em um governo que se apresenta como engajado no combate à fraude.
"O governo está chamando para si o problema. Daqui a pouco, aquele governo que diz que não quer ser contaminado com essa pauta, estará com a bomba no seu colo. Para mim, já passou da hora de uma tomada de decisão com relação ao ministro", disse Sóstenes. O líder do PL também diz esperar "que o governo Lula não tenha participação com essa roubalheira toda", e que o escândalo do INSS se trate de um caso isolado.
A gestão do INSS é investigada pela PF após a descoberta na última semana de uma fraude bilionária em que associações de fachada, com apoio de servidores, utilizaram assinaturas falsas de aposentados sem consentimento para descontar mensalidades indevidas diretamente de seus benefícios. O prejuízo pode chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
Complicações para Lupi
A fala de Sóstenes veio em um momento de fragilidade para a posição de Carlos Lupi, que assumiu a responsabilidade pela indicação do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afastado do cargo por ordem judicial no último dia 23 e demitido no mesmo dia por ordem do presidente Lula. Mesmo declarando apoio à operação policial, Lupi segue enfraquecido, com dificuldades para desvincular sua imagem à do escândalo.
Ainda com a crise de imagem, a demissão de Lupi não se mostra como uma decisão fácil para o governo: o ministro é presidente licenciado do PDT, partido que, apesar de ideologicamente próximo ao governo, não esconde a tendência a seguir seu próprio caminho. O presidente Lula corre o risco de, com a exoneração, perder 17 deputados e três senadores de sua base.
CPI
Além de criticar a permanência de Lupi no governo, Sóstenes Cavalcante também destacou a ausência de apoio do Executivo à CPI do INSS, proposta pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), que alcançou as assinaturas necessárias para sua criação nesta quarta. "Eu acho que se o governo tiver o mínimo de responsabilidade com o dinheiro de aposentados, o próprio governo deveria apoiar a CPI, para ajudar toda a investigação", afirmou.
Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da bancada do PT, explicou o motivo da contrariedade na saída da mesma reunião. "A investigação tá sendo feita de forma clara, contundente, pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU). E vai pegar todo mundo. Quem estiver envolvido em alguma coisa vai ser descoberto. Eu sinceramente não acho que uma CPI presidida por uma liderança do PL nesse momento vai ajudar alguma coisa na investigação", ponderou.
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