Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
JUDICIÁRIO
Congresso em Foco
12/5/2025 19:31
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta segunda-feira (12) o pedido da defesa da deputada Carla Zambelli (PL-SP) para suspender o julgamento da ação penal em que a congressista responde por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A solicitação partiu após o diretório nacional do PL, seu partido, apresentar um requerimento à Câmara dos Deputados pedindo que o processo fosse sustado. A Constituição permite que a Câmara suspenda ações penais contra parlamentares, desde que os crimes tenham ocorrido após a diplomação e o pedido seja aprovado pela maioria absoluta dos deputados.
A defesa argumentou que a análise do pedido pelo Congresso ainda está pendente e que, por isso, o Supremo deveria aguardar a decisão da Casa. Moraes, porém, entendeu que essa possibilidade não se aplica ao caso de Zambelli. "Os crimes imputados [...] foram praticados antes da diplomação para o atual mandato", apontou.
O ministro também afirmou que o julgamento já está em fase final, o que impede a interrupção por parte do Legislativo. "A instrução processual penal já foi encerrada, iniciando-se o julgamento para decisão final do Supremo Tribunal Federal, o que extingue qualquer possibilidade de atuação da Casa Legislativa", escreveu.
Ação contra Zambelli
Carla Zambelli é acusada de atuar em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto para inserir documentos falsos nos sistemas no sistema virtual do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), buscando inclusive prender ilegalmente o ministro Alexandre de Moraes. A Procuradoria-Geral da República afirma que ela agiu de forma "premeditada, organizada e consciente" com o objetivo de desestabilizar instituições do Estado Democrático de Direito.
O julgamento ocorre em plenário virtual, com prazo de conclusão sexta-feira (16). Moraes propôs pena de 10 anos de prisão, multa de R$ 2 milhões por danos morais coletivos e declaração de inelegibilidade. A eventual cassação do mandato dependerá de decisão da Câmara dos Deputados.
O julgamento já conta com maioria formada pela condenação, restando apenas o voto do ministro Luiz Fux para sua conclusão.
Temas
LEIA MAIS
Fraudes no INSS
Damares e Coronel Fernanda protocolam CPMI da fraude do INSS
DIREITOS DO CONSUMIDOR
Deputado propõe proibição de estorno sem anuência do cliente
Fraudes no INSS
Senador relata ter sido vítima de descontos indevidos no INSS
Bebida Adulteradas
Governo emite alerta sobre metanol presente em bebidas adulteradas
Boletim Focus