Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Após suspeitas, Câmara e TCU vão auditar renúncia fiscal do Perse

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

MINI-CPI

Após suspeitas, Câmara e TCU vão auditar renúncia fiscal do Perse

Proposta de fiscalização e controle vai apurar denúncia de uso indevido de recursos destinados a eventos.

Congresso em Foco

19/5/2025 | Atualizado às 13:37

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

A Câmara dos Deputados vai retomar os debates sobre o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), com foco em apurar o uso da renúncia fiscal bilionária prevista na lei que criou o programa. A proposta, apresentada na Comissão de Defesa do Consumidor e relatada pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE), prevê uma ampla auditoria com o apoio técnico do Tribunal de Contas da União (TCU) para analisar se os recursos públicos foram aplicados de forma justa, eficaz e transparente.

Felipe Carreras será o relator da chamada mini-CPI.

Felipe Carreras será o relator da chamada mini-CPI.Genilson Frazão/Ascom/Felipe Carreras

A proposta de fiscalização e controle (PFC 9/2025), de autoria do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), tem como objetivo investigar detalhadamente os valores envolvidos na renúncia tributária decorrente do artigo 4º da Lei nº 14.148/2021 norma que criou o Perse em meio à pandemia da covid-19 para socorrer os setores de eventos e turismo, entre os mais afetados pela crise sanitária. O instrumento é conhecido como uma mini-CPI, dadas as suas prerrogativas.

Veja a íntegra da proposta de fiscalização e controle

De acordo com a proposta, o foco da apuração será:

  • o valor total da renúncia de receita gerada pelo programa;
  • a distinção entre benefícios concedidos por vias judiciais e administrativas;
  • a fruição do benefício antes e depois da exigência de habilitação prévia;
  • o cumprimento das exigências legais, como a inscrição prévia no Cadastur;
  • a concentração dos benefícios em grandes conglomerados econômicos;
  • o impacto da renúncia fiscal nos preços ao consumidor final;
  • a verificação da regularidade dos dados informados nas declarações das empresas;
  • a checagem dos CNAEs preponderantes das beneficiárias.

Indícios de irregularidades

O pedido de investigação foi motivado por uma reportagem publicada pelo portal UOL em março, que denunciou a apropriação indevida do benefício por grandes grupos econômicos como redes de cinema, plataformas de streaming e conglomerados de alimentação , muitas vezes com atuação duvidosa no setor de eventos e sem o devido registro no Cadastur antes da pandemia, como exigido pela legislação.

A reportagem levantou suspeitas de que essas empresas teriam acessado o Perse por meio de decisões judiciais ou estratégias questionáveis de enquadramento, em prejuízo das pequenas e médias empresas que seriam o público-alvo do programa. "Os recursos públicos podem estar sendo desviados de sua finalidade original para subsidiar corporações com grande capacidade jurídica e financeira", alertou Daniel Almeida na justificativa da proposta.

Transparência e responsabilização

Relator da proposta, o deputado Felipe Carreras afirmou que a fiscalização será conduzida com apoio técnico do TCU, de associações representativas do setor e da Tendências Consultoria. "Será uma auditoria construída a várias mãos. Há indícios de que empresas fora do escopo do programa foram beneficiadas indevidamente, o que precisa ser apurado", disse.

Carreras adiantou ainda que o tema já foi levado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e ao secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. Segundo ele, se for confirmada a má utilização dos recursos, será necessário adotar medidas para garantir a devolução dos valores recebidos por empresas que não tinham direito ao benefício.

Criado em 2021, o Perse foi apontado como o maior pacote de incentivos fiscais já concedido ao setor de eventos no Brasil. A iniciativa foi essencial para assegurar a sobrevivência de empresas durante a pandemia, mas nos últimos meses passou a ser alvo de críticas e disputas em torno de sua prorrogação e alcance. Estima-se que as renúncias fiscais possam chegar a dezenas de bilhões de reais, o que reforça a necessidade de controle e fiscalização sobre a sua execução.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

TCU Daniel Almeida Perse renúncia fiscal Felipe Carreras

Temas

Congresso

LEIA MAIS

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Câmara pauta urgência para projeto que pune participantes de motins

SENADO

Comissão de segurança endurece regras para redução de penas

Nova deliberação

Câmara cria comissão para analisar isenção de IPVA em veículos antigos

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

ELEIÇÕES 2026

Carlos Bolsonaro chama governadores de direita de "ratos" e "canalhas"

2

JUDICIÁRIO

Dino veda ações de estados e municípios em tribunais estrangeiros

3

JUDICIÁRIO

Decisão de Dino pode proteger Moraes contra sanções dos EUA; entenda

4

PRÊMIO CONGRESSO EM FOCO

Falta um dia para o "Oscar da política"; veja como acompanhar ao vivo

5

PRÊMIO CONGRESSO EM FOCO

Veja quem integra o júri do maior prêmio da política brasileira

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES