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OPERAÇÃO SISAMNES
Congresso em Foco
27/6/2025 11:49
A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (27) o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), durante uma nova fase da Operação Sisamnes, que apura a existência de um esquema de venda de decisões judiciais e vazamento de informações confidenciais oriundas de investigações no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além de Eduardo, foram presos um policial civil e um advogado.
As ordens judiciais, expedidas pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), incluem ainda três mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares, todas cumpridas em Palmas.
De acordo com a Polícia Federal, o grupo investigado atuava para acessar ilegalmente informações sigilosas e repassá-las a investigados, frustrando operações policiais e garantindo proteção a aliados. A PF aponta que agentes públicos, advogados e operadores externos estariam envolvidos na estrutura criminosa, com o objetivo de criar uma rede de influência e beneficiar interesses particulares.
Segundo a PF, o prefeito Eduardo Siqueira Campos manteve conversas com o advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, sobrinho do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos) revelando informações sobre operações policiais.
Thiago Barbosa está preso desde março deste ano, acusado de obter dados sigilosos de processos e repassá-los ao tio. O governador Wanderlei Barbosa, por sua vez, não é alvo da investigação e nega ter recebido qualquer informação privilegiada.
Histórico de investigações
A Operação Sisamnes teve início em 2023 para investigar supostas vendas de sentenças no STJ. Desde então, a PF cumpriu dezenas de mandados contra advogados, lobistas, empresários, servidores públicos e até magistrados, incluindo buscas em estados como Mato Grosso, São Paulo, Distrito Federal e Tocantins.
Em uma das fases anteriores, deflagrada em novembro de 2024, 23 mandados de busca e uma prisão preventiva miraram desembargadores, assessores de ministros e operadores financeiros. As suspeitas envolvem pagamentos milionários para favorecer interesses de investigados, inclusive saques vultosos em dinheiro vivo para subornar autoridades.
Em maio deste ano, Eduardo Siqueira já havia sido alvo de buscas e chegou a ter o afastamento do cargo solicitado pela PF, pedido que acabou negado pelo STF. À época, o prefeito reconheceu manter uma relação de amizade com Thiago Barbosa, mas negou ter repassado dados sigilosos.
Impacto sobre investigações
A PF afirma que o vazamento de informações sigilosas comprometeu diretamente ações de combate à corrupção e outras investigações no Tocantins. O inquérito aponta que a rede criminosa agia de forma sistemática para antecipar detalhes de operações policiais, permitindo que aliados se articulassem para evitar responsabilizações.
A defesa de Eduardo Siqueira Campos ainda não se pronunciou até a última atualização desta reportagem. As investigações continuam, com expectativa de novas fases da operação para identificar outros envolvidos e dimensionar o alcance do esquema.
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