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Judiciário
Congresso em Foco
5/9/2025 16:19
Na quarta-feira (3), a Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo tornou pública denúncia contra Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por organização criminosa de desvio de heranças em processo de inventário ou destinadas a portadores de patologias graves. O enquérito de 162 páginas data de 8 de agosto.
Tagliaferro trabalhou com Moraes durante as eleições de 2022 e responde a pedido de extradição da Itália, onde vive atualmente. Em depoimento ao Senado nesta semana, o ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acusou o ministro de fraudar documentos para justificar operações de busca e apreensão contra empresários em 2022.
Sob justificativa da acusação, a defesa descreveu a ação como "deplorável" e "tentativa de asfixiar quem tem muito a esclarecer".
Em verdade, com todo respeito, parece mais o aproveitamento de uma oportunidade para perseguir quem já está sendo perseguido e uma tentativa de asfixiar quem tem muito a dizer e esclarecer.
Oportunamente, tudo será colocado às claras e a verdade prevalecerá pois confiamos totalmente na independência e solidez do maior Tribunal do Mundo, o TJ Bandeirante.
Esquema criminoso
Segundo o procurador-geral do Ministério Público estadual, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, a organização era chefiada pelo juiz da 2ª Vara Cível de Itapevi Peter Eckschmiedt, que seria uma "figura central e imprescindível ao esquema, pois era o magistrado que conduziria os processos fraudulentos emitindo os provimentos jurisdicionais que implicariam nas medidas constritivas dos valores, na transferência do dinheiro para as contas judiciais e, finalmente, no levantamento do dinheiro para os denunciados".
Eckschmiedt teria idealizado "projeto delituoso voltado à obtenção de vantagens ilícitas, mediante o desvio de valores em dinheiro submetidos à sua posse indireta e disponibilidade jurídica em razão do cargo" no início de 2023. Em agosto do ano passado, a Polícia Militar encontrou R$ 1,7 milhão em dinheiro no sótão, durante busca na casa dele. A denúncia solicita a perda definitiva do seu cargo, em cassação à aposentadoria.
A participação de Tagliaferro seria como perito forense, ao auxiliar na fraude de bens e capturar fortunas "esquecidas". Outros 12 investigados foram nomeados no processo. Entre eles, o escrevente técnico Luís Gustavo Cardoso é citado como "braço direito", por construir as ações e indicar casos sucetíveis ao golpe. Segundo comprovantes enviados por WhatsApp, Eckschmiedt pagava "presentinho" de R$ 1,5 mil a cada caso.
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