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Segurança pública
Congresso em Foco
11/9/2025 | Atualizado às 17:33
A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados realizou nesta semana, audiência pública para discutir a autonomia da perícia criminal oficial e a possibilidade de sua inclusão expressa na Constituição Federal. A iniciativa foi do deputado Reimont (PT-RJ) e o debate foi presidido pelo vice-presidente do colegiado, deputado Tadeu Veneri (PT-PR).
O encontro contou com representantes da Polícia Federal, como Marcos Camargo, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), e Carlos Eduardo Palhares, diretor do Instituto Nacional de Criminalística (INC). Também participaram Adriana Marques, do Ministério da Justiça, e Pedro Guimarães, do Ministério dos Direitos Humanos.
Em sua fala, Camargo ressaltou que a perícia criminal é peça-chave para julgamentos justos e para o combate à impunidade. Ele destacou que a atividade afastou métodos cruéis de investigação, como a tortura, e reforçou a necessidade urgente de regulamentar a Lei nº 12.030/2009, que reconhece a autonomia técnica e científica dos peritos, mas carece de mecanismos práticos de aplicação.
Constitucionalização da polícia científica
Outro ponto de destaque foi a defesa da inclusão da polícia científica no artigo 144 da Constituição, que trata das forças de segurança pública. Para Camargo, embora a perícia já exista formalmente nos estados e na Polícia Federal, falta o reconhecimento constitucional explícito, o que fragiliza sua atuação institucional.
"A Constituição já contemplou a Polícia Penal e, mais recentemente, as guardas municipais. A ausência da Polícia Científica é uma lacuna que precisa ser corrigida", afirmou.
A audiência ocorre em paralelo à tramitação da PEC 18/2025, que reformula o sistema de segurança pública no país. Parlamentares e especialistas presentes defenderam que a perícia criminal seja contemplada no texto para assegurar maior efetividade das investigações, reduzir erros judiciais e fortalecer a credibilidade do sistema de justiça.
O deputado Reimont destacou que apenas cerca de 30% dos homicídios no Brasil são solucionados, índice muito abaixo de países com sistemas periciais mais independentes. Para ele, a autonomia da perícia oficial pode contribuir diretamente para melhorar esse cenário e ampliar a proteção dos direitos humanos.
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