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Quem é o "Careca do INSS", que a CPMI tenta ouvir nesta quinta

Esta é a segunda tentativa da comissão de ouvir o lobista apontado como principal operador do maior esquema de fraudes nas últimas décadas do INSS.

Congresso em Foco

25/9/2025 8:00

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A CPMI do INSS tenta ouvir nesta quinta-feira (25) o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, preso pela Polícia Federal como um dos operadores-chave do maior esquema de fraudes das últimas décadas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esta é a segunda vez que a comissão tenta ouvir o lobista, apelidado de "Careca do INSS", que faltou ao último depoimento, com respaldo do Supremo Tribunal Federal (STF).

Por causa disso, o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), ainda trata com cautela a presença do investigado. "Trabalho com muita cautela, com muita responsabilidade, porque em outra oportunidade ele confirmou [que viria] e acabou não comparecendo à CPMI. Desta vez temos o compromisso do advogado. Temos também o desejo dele de participar, ainda que fique calado. E temos a liberação do Supremo Tribunal Federal, na pessoa do ministro André Mendonça, para que possamos ouvir com toda tranquilidade aquele que é considerado o principal organizador de todo esse esquema criminoso", declarou Viana na segunda-feira (22).

A reunião da comissão começa às 9h, mas, antes do depoimento, deputados e senadores devem analisar requerimentos. Na última segunda-feira, a CPMI prendeu o economista Rubens Oliveira Costa por falso testemunha. Ele era diretor de empresas de Antunes. O economista foi solto nessa quarta-feira (24).

O "Careca do INSS" foi detido em 12 de setembro de 2025, na fase "Cambota" da Operação Sem Desconto, que desde abril investiga descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Ele é descrito pelos investigadores como intermediário entre associações, sindicatos e servidores do INSS, atuando como lobista e articulador financeiro.

Empresas próprias e de fachada

Ele nunca foi servidor do INSS, mas ganhou influência e trânsito dentro do instituto por atuar como intermediário entre entidades associativas/sindicais e funcionários públicos. O apelido, ligado à aparência física, acabou virando sua marca no noticiário e foi incorporado até nos relatórios da investigação.

Segundo a Polícia Federal, ele usava empresas próprias e de fachada para movimentar recursos desviados de beneficiários. Em pouco mais de quatro meses, chegou a mover R$ 12,2 milhões em contas bancárias, um indício de alto fluxo financeiro incompatível com atividades lícitas.

Relatórios também apontam que ele recebeu mais de R$ 50 milhões de entidades sindicais e associativas beneficiadas pelos descontos irregulares. O apelido surgiu pela aparência física e rapidamente se espalhou entre investigadores e na imprensa, simbolizando a face mais visível do escândalo.

As acusações contra o lobista

O conjunto de denúncias contra o Careca envolve crimes graves:

Fraude nos descontos associativos: ele teria atuado para viabilizar cobranças de mensalidades sindicais e associativas sem autorização dos beneficiários, o que gerou um rombo estimado em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

Corrupção ativa e passiva: é acusado de pagar propina a servidores para que os descontos indevidos fossem incluídos e mantidos no sistema.

Lavagem de dinheiro: usou empresas de fachada e contas bancárias para mascarar a origem ilícita dos recursos, movimentando valores em ritmo acelerado.

Organização criminosa: segundo a PF, o esquema tinha divisão clara de tarefas entre entidades, servidores e intermediários, com Antunes ocupando papel de elo financeiro e logístico.

Falsificação e violação de sigilo: há indícios de documentos adulterados para simular autorizações de descontos, além de uso irregular de acesso a sistemas internos do INSS.

O impacto bilionário

De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), os descontos irregulares chegaram a R$ 6,5 bilhões no período analisado. A primeira fase da operação resultou no sequestro de mais de R$ 1 bilhão em bens de investigados, incluindo imóveis, carros de luxo e obras de arte.

A Corregedoria do INSS abriu 12 processos administrativos de responsabilização contra entidades suspeitas de participação no esquema. Paralelamente, a CPMI do INSS investiga as fraudes no Congresso e ouve nesta quinta-feira (25.set.2025) o próprio Careca, tido como figura central no escândalo.

Situação atual

Apesar da prisão e do avanço das investigações, o caso ainda não resultou em condenação. Antunes e demais investigados podem responder por corrupção, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e organização criminosa, mas a responsabilização definitiva dependerá do andamento das ações no Ministério Público e no Judiciário.

O depoimento do Careca do INSS promete ser um dos pontos altos da CPMI e pode ajudar a esclarecer até onde iam as ramificações do esquema.

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