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Mercados Digitais

Cade pode ganhar novas ferramentas para regular plataformas digitais

Projeto de lei visa fortalecer a concorrência em mercados digitais, criando obrigações para agentes econômicos relevantes.

Congresso em Foco

26/9/2025 14:00

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) poderá em breve contar com novas ferramentas para a proteção da concorrência em mercados digitais. Tal possibilidade surge com o projeto de lei 4675/2025, submetido pelo Poder Executivo, que propõe a criação de novos tipos de processos administrativos no âmbito do Cade.

De acordo com o texto, o Cade terá a prerrogativa de identificar agentes econômicos considerados de relevância sistêmica nesses mercados, impondo-lhes deveres específicos, inclusive a aplicação de multas. O objetivo central é identificar plataformas digitais que, devido ao seu poder econômico e centralidade, impactam a concorrência ao oferecerem infraestrutura essencial para diversos negócios, tanto no setor digital quanto na economia tradicional.

Projeto de lei do Executivo dá ao Cade novas ferramentas para regular plataformas digitais.

Projeto de lei do Executivo dá ao Cade novas ferramentas para regular plataformas digitais.Jefferson Rudy/Agência Senado

Para prevenir potenciais abusos de poder econômico, o Cade poderá determinar que os agentes submetam à sua análise os atos de concentração em que participem, além de divulgar informações relevantes sobre a oferta e o uso de produtos e serviços, incluindo dados sobre coleta e processamento de dados, critérios de ranqueamento e estrutura de preços.

Outras obrigações incluem informar os usuários sobre alterações nos termos de uso, oferecer ferramentas de transferência de dados e mecanismos de interoperabilidade, permitir a instalação de aplicações de terceiros, garantir acesso a dados para usuários empresariais, oferecer opções de configuração de serviços e assegurar períodos de adaptação em caso de alterações nos termos de uso.

Além disso, o Cade poderá proibir atos ou práticas que limitem a participação de concorrentes, restrinjam o acesso a ofertas relevantes, favoreçam produtos próprios em detrimento de outros, vinculem a aquisição de produtos, restrinjam o acesso a informações empresariais, impeçam a oferta direta de produtos aos usuários finais ou empreguem estratégias predatórias. As obrigações poderão ser revistas em caso de mudanças significativas no mercado.

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A designação de agentes econômicos de relevância sistêmica será restrita a grupos com faturamento bruto global superior a R$ 50 bilhões por ano ou superior a R$ 5 bilhões por ano no Brasil. As plataformas designadas deverão abrir escritório no país, sob pena de multa diária de R$ 20 mil, podendo chegar a R$ 1 milhão por dia.

Para a designação, serão considerados a presença em múltiplos mercados, o poder de mercado associado a efeitos de rede, a existência de integrações verticais, o acesso a dados relevantes, o número de usuários e a oferta de múltiplos produtos digitais. O prazo de vigência da designação será de até dez anos, renovável, e alcançará todo o grupo econômico.

A instauração dos processos será conduzida pela nova Superintendência de Mercados Digitais do Cade. A decisão sobre a designação e imposição de deveres caberá ao Colegiado Administrativo do Tribunal Administrativo de Defesa Econômica. A superintendência contará com mecanismos de participação social, como audiências públicas e recebimento de contribuições.

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O governo justificou a proposta argumentando que sistemas jurídicos como o alemão, japonês e britânico já adaptaram suas legislações para lidar com o crescimento das plataformas digitais. "As medidas propostas ensejam um passo fundamental para a agenda de aumento de produtividade e competitividade proposta pelo governo e constituem-se absolutamente necessárias para a consolidação do ambiente institucional e legal que permitirá ao País desenvolver uma política de defesa da concorrência contemporânea", argumentou o Poder Executivo. "Isso trará condições de zelar pelo livre funcionamento dos mercados, em especial da nova economia digital, e garantir condições estáveis e previsíveis para a livre iniciativa dos agentes econômicos neste país, preservando um ambiente competitivo e justo", completou.

Leia a íntegra da proposta.

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