Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Congresso em Foco
15/10/2025 21:16
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (15) a sustação a ação penal em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) por calúnia e difamação. O processo foi iniciado a partir de uma queixa-crime do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), que teve como base dois vídeos publicados por Gayer em 2023, em meio à eleição dos membros da Mesa Diretora do Senado.
Nos vídeos, Gayer ofendeu diretamente os senadores Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Davi Alcolumbre (União-AP). Ele também acusou Vanderlan e Jorge Kajuru (PSB-GO) de "venderem" seus votos à chapa vencedora em troca da presidência de comissões da Casa, e acusou o Judiciário de interferir na votação.
A queixa incluía ainda pedidos de medidas cautelares, como a proibição de Gayer continuar divulgando os vídeos e a suspensão de seu mandato, sob o argumento de que estaria usando a imunidade parlamentar como escudo para ataques ilegais. A ação ficou sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Na Câmara, a liderança do PL apresentou o pedido de sustação, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na última quarta (8). O relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), argumentou que as declarações de Gayer "ainda que enérgicas e eventualmente controvertidas, foram proferidas no exercício de seu mandato parlamentar, em claro exercício da função de crítica política".
O parlamentar defende que o assunto seja tratado internamente na Câmara, e não no Judiciário. "Não cabe ao Poder Judiciário substituir-se ao Parlamento no exercício de sua função institucional de julgar a responsabilidade penal do congressista por palavras proferidas no exercício do mandato ou na sua função fiscalizatória".
O líder do PT e rival pessoal do acusado, Lindbergh Farias (PT-RJ), criticou as teses a favor de deliberações pelo Conselho de Ética, relembrando que ele próprio já representou contra Gayer diante de manifestações ofensivas. "Eu apelei pro Conselho de Ética, e o Conselho de Ética arquivou. Não, o senador Vanderlan Cardoso não fez isso. Ele acreditou na justiça, fez uma representação criminal. De que adianta se os senhores aqui, no dia de hoje, fazem ressuscitar toda a lógica da PEC e da blindagem?", declarou.
A sustação recebeu 268 votos favoráveis e 167 contrários. Com isso, o processo fica suspenso até o final do mandato do deputado.
Tags
Temas
LEIA MAIS
Dedução de Impostos
CCJ aprova dedução no IR para remédios de uso contínuo para TEA
Quebra de Decoro
Gilvan da Federal defende que deputados podem "falar de forma dura"
TRANSPORTE GRATUITO
Empresas apoiam tarifa zero, mas cobram fonte segura de financiamento
TRANSPORTE GRATUITO
Apagão de dados dificulta cálculo do custo da Tarifa Zero no Brasil