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SEGURANÇA PÚBLICA
Congresso em Foco
5/11/2025 14:02
O governo dos Estados Unidos, por meio da Divisão Antidrogas (DEA), enviou uma carta de condolências ao secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, lamentando a morte dos quatro policiais que participaram da Operação Contenção, realizada nos complexos da Penha e do Alemão na semana passada. O documento é assinado por James Sparks, representante da DEA e integrante do Departamento de Justiça dos EUA, vinculado ao governo Donald Trump.
"É com profundo pesar que expressamos nossas mais sinceras condolências pela trágica perda dos quatro policiais que tombaram no cumprimento do dever", escreveu Sparks. O texto destaca "a coragem e o sacrifício" dos agentes e manifesta solidariedade às famílias das vítimas e às forças de segurança fluminenses.
"Neste momento de luto, reiteramos nosso respeito e admiração pelo trabalho incansável das forças de segurança do Estado e colocamo-nos à disposição para qualquer apoio que se faça necessário", diz o documento, que também menciona a atuação da DEA no Brasil e o consulado norte-americano no Rio.
A carta, timbrada com o selo do Departamento de Justiça dos EUA, foi entregue oficialmente à Secretaria de Segurança e classificada como um gesto de solidariedade do governo americano. A operação, considerada a mais letal da história do Rio, deixou 121 mortos, entre eles quatro policiais (dois civis e dois militares) e 117 suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas. Entidades ligadas à defesa dos direitos humanos pedem investigação sobre o episódio.
Os agentes mortos foram identificados como Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, Rodrigo Velloso Cabral, Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca, todos homenageados em cerimônia no Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Repercussões e contexto político
O gesto dos Estados Unidos ocorre em meio a um clima de tensão política. Enquanto o governo americano destacou a "honra e o valor" das forças de segurança, o presidente Lula classificou a ação como "desastrosa" e defendeu uma investigação independente com participação de peritos da Polícia Federal. Lula afirmou que o país precisa "combater o crime organizado sem promover matanças".
Paralelamente, o Tribunal de Justiça do Rio determinou a transferência de sete traficantes para presídios federais e o governo Cláudio Castro instalou um Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado, em articulação com o Ministério da Justiça e a Secretaria Nacional de Segurança Pública. O caso reacende o debate sobre o uso da força nas comunidades e a cooperação internacional em segurança pública, tema que, segundo fontes do governo do Rio, pode ser ampliado após a manifestação oficial do governo dos Estados Unidos.
Leia a íntegra da carta (em português):
"Prezado Senhor Secretário,
É com profundo pesar que expressamos nossas mais sinceras condolências pela trágica perda dos quatro policiais que tombaram no cumprimento do dever, durante a recente Operação Contenção no Complexo do Alemão.
Sabemos que a missão de proteger a sociedade exige coragem, dedicação e sacrifício, e reconhecemos o valor e a honra desses profissionais que deram suas vidas em defesa da segurança pública.
Neste momento de luto, reiteramos nosso respeito e admiração pelo trabalho incansável das forças de segurança do Estado e colocamo-nos à disposição para qualquer apoio que se faça necessário.
Receba, Senhor Secretário, nossos votos de força e consolo diante dessa irreparável perda.
Atenciosamente, James Sparks
Divisão Antidrogas dos Estados Unidos (DEA)"
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