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Bolsoaro Preso
Congresso em Foco
25/11/2025 | Atualizado às 8:09
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) utilizou uma transmissão ao vivo no domingo (23) para comentar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. No vídeo, que se estendeu por mais de 40 minutos, o parlamentar fez críticas duras ao magistrado e afirmou que a família do ex-chefe do Executivo não pretende mudar de postura diante das medidas judiciais impostas.
Durante a fala, Eduardo declarou que Moraes estaria enganado caso esperasse um recuo político.
"Se ele acha que a gente vai parar, está enganado. A gente vai dobrar a aposta. Vou trabalhar o resto da minha vida para expor o que ele faz."
Na mesma transmissão, ele chamou o ministro de "tiranete de beira de estrada" e prosseguiu:
"Você não passa de um tiranete de beira de estrada. Sem a sua caneta. Você é uma mariquinha. Pode prender meu pai aí. Talvez vai condenar a morte. Lamento. É triste. Com certeza. Mas se você acha que aqui a gente vai parar, eu te garanto, a gente vai dobrar a aposta, porque a gente sabe como é que você é".
A manifestação aconteceu um dia após a prisão de Jair Bolsonaro, efetuada no sábado (22) após a Polícia Federal apresentar informações ao STF que apontavam risco de fuga e ameaça à ordem pública. Segundo a corporação, o ex-presidente teria tentado romper a tornozeleira eletrônica utilizando um ferro quente, o que foi registrado pelo equipamento pouco após a meia-noite daquele dia.
O deputado também insinuou que a data da ordem judicial teria sido escolhida em alusão ao número associado ao Partido Liberal, afirmando que Moraes teria "uma histeria com o dia 22". Ele não apresentou comprovação para sustentar a afirmação.
Na decisão que autorizou a prisão preventiva, Moraes citou a tentativa de abertura da tornozeleira e afirmou que a mobilização de apoiadores na porta do condomínio, convocada por aliados como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), poderia criar ambiente facilitador para eventual fuga. O ministro também destacou a curta distância entre a residência do ex-presidente e a embaixada dos Estados Unidos como elemento adicional no cálculo de risco.
Jair Bolsonaro passou por audiência no domingo e permanece custodiado na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A detenção ocorreu dias antes do trânsito em julgado da condenação a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Na audiência, ele afirmou que tentou remover o dispositivo devido a um "surto" provocado por combinação de medicamentos, tese reforçada pela defesa, que alegou "confusão mental" e negou intenção de fuga. Anteriormente, Jair Bolsonaro havia dito que agiu por curiosidade.
A prisão preventiva, conforme a decisão, tem caráter cautelar e não representa o início efetivo do cumprimento da pena aplicada no processo principal.
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