Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
terça-feira, 17 de junho de 2025
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Proposta de Lira sobre ICMS de combustível é inconstitucional, diz ...

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

IMPOSTOS

Proposta de Lira sobre ICMS de combustível é inconstitucional, diz tributarista

Congresso em Foco

8/10/2021 | Atualizado 10/10/2021 às 11:05

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Segundo Jean Paul, caso o PL 1.472 seja aprovado, haverá redução de ao menos R$ 0,50 por litro de gasolina e diesel. Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Segundo Jean Paul, caso o PL 1.472 seja aprovado, haverá redução de ao menos R$ 0,50 por litro de gasolina e diesel. Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
Buscando deter o rápido aumento no preço dos combustíveis, o presidente da Câmara dos Deputados,Arthur Lira (PP-AL), propôs a votação de um projeto de lei complementar que altera as regras do ICMS, imposto estadual cobrado sobre a circulação de produtos.  Em 2020, o ICMS foi responsável por mais da metade da arrecadação sobre combustíveis: dos R$130 bilhões obtidos com tributos no setor, R$81 bilhões foram para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias. A proposta é mudar as regras de cobrança do tributo em combustíveis com base em seu valor nos últimos dois anos. Para o ex-juiz e advogado tributarista Fábio Nieves Barreira, o projeto de Lira fere pilares da Constituição. A expectativa do deputado é que, com a mudança no ICMS, o preço dos combustíveis caia de forma imediata, respectivamente em 8% para a gasolina, 7% para o etanol e 3,7% para o diesel. A redução está um pouco acima do definido no último reajuste da gasolina, feita nesta sexta-feira (8), em que a Petrobras anunciou aumento de 7,2% nos preços da gasolina e do gás de cozinha. Lira considera que a mudança no ICMS possa afetar a arrecadação dos estados, mas defende que não será um impacto grande o suficiente para criar problemas nas contas públicas. O primeiro problema encontrado na proposta de Arthur Lira diz respeito ao próprio funcionamento da legislação tributária no Brasil, segundo o tributarista. O regramento que limita o ICMS é determinado pela Lei Complementar 87/96, que é a legislação que o parlamentar procura alterar. Porém, a mudança proposta está além do alcance desta lei. "Ela não pode criar uma limitação que a Constituição não impõe. No caso do ICMS, ele deve incidir sobre o valor da operação, e a lei complementar não pode limitar esse valor, como o Lira quer fazer", explica. Além disso, a intervenção da União sobre o valor do ICMS representa, na visão do jurista, uma violação do pacto federativo. "Os estados podem abrir mão da sua própria tributação, mas a União não pode fazer isso. O imposto não é dela, o imposto é dos estados", declara. Lira nega que isso possa representar ruptura com o pacto. "Não estamos trabalhando contra governos estaduais, contra nenhum tipo de federação, estamos trabalhando para minimizar este problema", declarou o deputado. Lira quer votar a proposta na próxima semana. Existem, de acordo com Fábio Nieves, outros meios pelos quais a União poderia baratear a tributação sobre os combustíveis. "O que poderia acontecer seria, por exemplo, a Petrobras tabelar o preço do combustível. Fazendo isso, o tributo estadual passaria a ser sobre o preço do produto, não ferindo então os parâmetros estabelecidos na Constituição", recomenda. Outro caminho possível seria a redução tributária partindo da própria União. "Da mesma forma como os estados podem optar por deixar de cobrar o ICMS sobre os combustíveis, a União pode deixar de cobrar a Cide, que é uma contribuição de intervenção no domínio econômico que a União criou em cima dos combustíveis para regular o setor do petróleo. A tributação dos combustíveis não está apenas na mão dos estados", afirma o advogado. Na análise de Nieves, a escolha do governo por tentar alterar o ICMS é motivada por interesses políticos, e não técnicos. "Na prática, o que a União quer fazer, usando a expressão popular, é 'dar esmola com o dinheiro dos outros'. Ela pode diminuir seus próprios impostos, o que ela não pode fazer é interferir na autonomia dos estados".
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Câmara impostos ICMS inflação Reforma tributária arthur lira Fábio Nieves Barreira

Temas

Reportagem Economia Congresso

LEIA MAIS

JORNADAS DE JUNHO

Há 12 anos, a "Marcha do Vinagre" tomava o Congresso; relembre

EMENDAS PARLAMENTARES

Congresso aprova resolução que restringe emendas a entidades privadas

ENERGIA

Congresso adia votação de vetos da lei das eólicas offshore

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

COMÉRCIO

Câmara vota fim da regra que exige acordo para trabalho em feriados

2

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Veja como cada deputado votou na urgência para derrubar decreto do IOF

3

Piso Salarial

Comissão da Câmara aprova piso salarial para tradutores e intérpretes

4

TRÊS PODERES

Entenda as "emendas paralelas" que entraram no radar do STF

5

ECONOMIA

Hugo Motta: urgência contra aumento do IOF é "recado da sociedade"

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES

[Erro-Front-CONG-API]: Erro ao chamar a api CMS_NOVO.

{ "datacode": "BANNER_VAST", "exhibitionresource": "NOTICIA_LEITURA", "context": "{\"positioncode\":\"VAST_Leitura_Noticias\"}" }