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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Sylvio Costa
10/2/2021 16:44
"Se já não havia antes correlação de forças aqui dentro para abrir um processo de impeachment, agora é que não terá mesmo", diz a líder do Psol, que, apesar disso, manifesta esperança de mudança desse quadro a partir da pressão popular.
"Acho que o jogo não está perdido. Infelizmente, vejo uma tendência a ter uma piora da vida do povo. Temos 14 milhões de desempregados, há um processo acelerado de informalização do trabalho, muitos trabalhadores hoje acordam sem saber se vão ser capazes de levar comida pra casa. O que muda, a meu ver, é que o debate passa a ser se a pessoa vai comer ou não vai comer, e isso pode criar um clima de insatisfação ainda maior com o governo Bolsonaro" - afirma ela.
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Talíria Petrone: próximos dois anos serão "mais difíceis" do que o biênio em que a Câmara esteve sob o comando de Rodrigo Maia. Crédito: Sylvio Costa/Congresso em Foco[/caption]
Para a deputada do Rio de Janeiro, o resultado da eleição para presidente da Câmara confirmou o acerto da decisão da sua bancada de lançar Luiza Erundina (Psol-SP) como candidata à vaga conquistada por Arthur Lira. Na sua avaliação, os partidos de esquerda deram a maior parte dos 145 votos obtidos por Baleia Rossi (MDB-SP). "Não tem nada de autoproclamatório nisso, mas o fato é quem sustentou a candidatura do Baleia Rossi foi a esquerda, que teve uma derrota grande e ainda perdeu a chance de fazer um debate sobre o queremos para o Legislativo e para o país", observou.
Na sua opinião, os próximos dois anos serão "mais difíceis" do que o biênio em que a Câmara esteve sob o comando de Rodrigo Maia. A pauta econômica dos dois, acredita a deputada, é a mesma. As diferenças são a proximidade de Lira com Bolsonaro ("está claro que o Lira fez acordos com ele") e o estilo de trabalho, mais autoritário. Dá como exemplo a primeira reunião de líderes, da qual saiu há pouco. "Ele fez um método de reunião que parecia democrático. Todos os líderes falaram, ele ouviu todo mundo e depois disse o que ia fazer, sem que sequer tenhamos discutido as questões colocadas pelos últimos deputados que falaram. Quer dizer, pareceu que ele já tinha uma pauta pronta", contou.
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Moana volta ao colo da mãe, Talíria Petrone Crédito: Sylvio Costa/Congresso em Foco[/caption]
Garantir a participação plena dos dois deputados mais idosos da bancada, Erundina e Ivan Valente (Psol-SP), é outra das suas preocupações. Ela critica a decisão da nova Mesa da Câmara de tornar integralmente presenciais as atividades das comissões permanentes, cujos trabalhos serão retomados após o Carnaval. "Teremos dois tipos de parlamentares, os que vêm e os que não vêm para a Câmara ou porque são idosos ou porque têm outros fatores de risco", queixa-se. "Estamos no auge da pandemia. Acho que poderíamos esperar dois ou três meses para começar a atividade presencial".
Moana volta ao colo de Talíria, aos prantos, trazida pela assessora de imprensa, Leonor Costa. A filha se acalma, encostada à mãe.
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