A Bandeira Nacional, em frente ao Palácio do Congresso Nacional hasteada a meio-mastro [fotografo] Roque Sá/Agência Senado [/fotografo]
A
saída de Abraham Weintraub do Ministério da Educação repercutiu entre o mundo político e partidário nesta quinta-feira (18). A maioria das mensagens foi de comemoração pelo desembarque do governo.
Weintraub é alvo de insatisfação no Congresso, no Supremo Tribunal Federal e na ala militar do governo. Ele já protagonizou atritos envolvendo o
Enem, o
Fundeb, método de escolha de
reitores e
resistiu a negociação de cargos no governo.
O comunicado da saída foi feito nesta tarde pelo agora ex-ministro e pelo presidente
Jair Bolsonaro em um pronunciamento em vídeo. Weintraub assumiu o cargo em abril de 2019 após a demissão de
Ricardo Vélez Rodríguez.
Ele disse que vai assumir um posto de diretoria no Banco Mundial."Sim, dessa vez é verdade, estou saindo do MEC e vou começar a transição agora e nos próximos dias eu passo o bastão para o ministro que ficar no meu lugar, interino ou definitivo", disse.
Embora em menor número também houve manifestações de apoio ao ex-ministro, sobretudo de deputados bolsonaristas e do presidente do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson.
Leia a seguir os comentários:
Deputado Marcelo Ramos (PL-AM):
Deputado João Campos (PSB-PE)
Demissão de Weintraub e já precisamos focar nos desafios que vêm pela frente.
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O terceiro ministro da Educação de Bolsonaro promete ser uma triste extensão da era de Velez e Weintraub.
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Carlos Nadalim, atual Secretário de Alfabetização do MEC, é mais um Olavista que assume o ministério por mero alinhamento ideológico e promoção de políticas duvidosas como a Educação domiciliar.
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Fica claro que Bolsonaro não quer um MEC que trabalhe por um ensino de qualidade, mas para impor sua ideologia pessoal na educação brasileira.
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Como coordenador da Comissão Externa de Acompanhamento dos Trabalhos do MEC, na Câmara dos Deputados, asseguro que iremos redobrar a fiscalização das ações do Ministério.
PSDB
O ex-ministro da Educação já vai tarde. Com Abraham Weintraub como titular da pasta nos acostumamos a agressões gratuitas, desprezo ao bom senso, ofensas às instituições e descuidos com o português, enquanto temas fundamentais como combate ao analfabetismo, gargalos do ensino médio e dificuldades na formação superior pareciam ter ficado em terceiro ou quarto plano.
Weintraub nunca se portou como um ministro, mas como um provocador barato em nome de uma ideologia autoritária e obscura. Que o próximo nome esteja à altura dos desafios do cargo, que são imensos e fundamentais para o desenvolvimento do Brasil.
Deputado Alexandre Frota (PSDB-SP)
Deputada Joice Hasselmann (PSL-SP)
Deputado Tiago Mitraud (Novo-MG)
Presidente do PTB, Roberto Jefferson
