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Congresso em Foco
22/1/2008 | Atualizado 23/1/2008 às 19:50
Fábio Góis
As oito mortes por febre amarela oficialmente confirmadas desde o início de 2008 preocupam o governo, assim como outros cinco casos que não resultaram em óbito. Mas a doença não deve trazer mais problemas de graves proporções, segundo o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), coordenador da Frente Parlamentar da Saúde.
Na avaliação dele, que é médico, o Ministério da Saúde tem agido de forma adequada na administração do problema. “A conduta do ministério está correta. Eles estão transmitindo informação, orientando sobre a doença, e é isso o que deve ser feito”, declarou o deputado.
Para ele, entretanto, a vacinação em massa não é essencial, e representa até mesmo certo perigo para a população. “A vacinação em massa não tem tanta importância, porque a febre amarela é uma doença silvestre, não é urbana. E a vacinação em massa pode levar algumas pessoas à morte, por causa do efeito iatrogênico [reação adversa – ou alteração patológica – do paciente a algum tipo medicamento]”, explicou Darcísio, que é médico. “Nenhum país faz vacinação em massa na prevenção da febre amarela.”
De dezembro até o último dia 17, o Ministério da Saúde liberou 5.610.500 doses da vacina contra a febre amarela. O principal alvo da campanha são as duas unidades da Federação que mais preocupam o governo federal no momento: Goiás e o Distrito Federal. As duas receberam mais de 1 milhão de vacinas.
Alerta
Já o professor Pedro Tauil lembrou que o procedimento de vacinação em massa, além da considerável letalidade, pode representar desperdício. De acordo com Tauil, o efeito da vacina é válido por cerca de dez anos. A orientação do governo é que somente as pessoas que moram nas áreas consideradas de risco ou que viajem para essas localidades sejam vacinadas.
“O problema é que muitas pessoas que já se vacinaram, por exemplo, há três anos, voltam e reforçam com a vacina da febre amarela”, disse o sanitarista, explicando porque faltou medicamento em alguns postos de saúde. “Houve um excesso de demanda, e isso é o que leva à carência.”
O especialista novamente concordou com o deputado Perondi, dessa vez em relação à postura do Ministério da Saúde no que diz respeito à febre amarela. “Está corretíssima. A única proteção é a vacinação para as pessoas que entram em áreas de risco”, resumiu.
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