Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Palocci atuou como "porta-voz" de propina a Delfim; ex-ministro é ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Palocci atuou como "porta-voz" de propina a Delfim; ex-ministro é suspeito de receber R$ 15 milhões

Congresso em Foco

9/3/2018 | Atualizado às 18:08

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[fotografo]Reprodução[/fotografo]

Ex-ministro do "milagre econômico" é acusado de receber propina do esquema de Belo Monte

  O procurador Athayde Ribeiro Costa declarou nesta sexta-feira (9) que o ex-ministro Antonio Palocci atuou como "porta-voz" em esquema de propina envolvendo obras da Usina Belo Monte, no Pará. Segundo Athayde, um dos beneficiários do dinheiro desviado era o também ex-ministro Antonio Delfim Netto, que chefiou a Agricultura e o Planejamento durante a ditadura militar (governo João Figueiredo). O procurador integra a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) que, em conjunto com a Polícia Federal, deflagrou hoje a Operação Buona Fortuna - referência ao nome de uma das empresas de Delfim -, 49ª fase da Operação Lava Jato. Segundo o procurador, o esquema de corrupção consistia na partilha de propina para autoridades e partidos como PT e PMDB. De acordo com o relato, Delfim e o empresário Luiz Appolonio Neto, seu sobrinho, são suspeitos de integrar o esquema. As informações foram veiculadas há pouco no blog do jornalista Fausto Macedo.
<< Lava Jato acusa Delfim Netto de receber R$ 15 milhões em propina do consórcio de Belo Monte
"Antonio Palocci foi o porta-voz do governo federal, então deputado federal, para direcionar os pedidos de propina, parte ao PT para ao MDB. Em um segundo momento, Palocci pediu que 10% do valor de 1% do contrato fosse direcionado a Antonio Delfim Netto, que corresponderia a quantia aproximada de R$ 15 milhões. As investigações até o momento apuraram o recebimento de R$ 4 milhões", relatou o procurador Athayde, para quem os pagamentos de propina "foram efetuados parte em espécie, parte mediante depósitos em empresas de seu sobrinho Luiz Appolonio Neto e dele próprio em contratos fictícios". Nesta sexta-feira (9), a Operação Buona Fortuna cumpriu a ordem de execução dez mandados de busca e apreensão. A investigação rastreou pagamentos que atingiram R$ 4,5 milhões, em um montante total estimado em R$ 15 milhões, pelas empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS e J. Malucelli. Os repasses favoreceram pessoas jurídicas relacionadas a Delfim Netto, informam os investigadores, e eram feitos por meio de contratos fictícios de consultoria. Todas essas corporações fazem parte do Consórcio Construtor de Belo Monte. Professor No caso da Odebrecht, informa o blog de Fausto Macedo, os pagamentos eram registrados em um sistema de controle de propinas ("Drousys") que ficou famoso na Lava Jato, e adotou o codinome "Professor". Poderoso ministro da área econômica durante a ditadura e considerado um intelectual de cenários macroeconômicos, Delfim pode ter inspirado o apelido do sistema informatizado, como alusão ao seu conhecimento técnico. Nos anos 1970, o ex-ministro ficou famoso por ter promovido o "milagre econômico". "Em agosto de 2016, em depoimento ao delegado da Polícia Federal Rodrigo Luís Sanfurgo de Carvalho, da Lava Jato, Delfim Netto, de 89 anos, afirmou que recebeu R$ 240 mil em espécie da Odebrecht em outubro de 2014 por 'motivos pessoais, por pura conveniência', devido a um serviço de consultoria que ele teria prestado à empreiteira", acrescenta o blog. "Antonio Palocci disse a Flávio Barra e Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, que 10% da propina destinada ao PT e ao MDB deveria ser direcionada a Antonio Delfim Netto em virtude da sua ajuda na estruturação do consórcio. [...] Importante lembrar que isso revela efeitos nefastos da corrupção. Além de assolar os cofres públicos, nós percebemos os problemas ambientais e socioambientais da Usina de Belo Monte. Populações ribeirinhas, indígenas foram desamparadas, as condicionantes socioambientais não foram cumpridas e hoje a gente vê o dinheiro engordando os cofres e os bolsos dos políticos", acrescentou o procurador. Leia a resposta dos investigados  
<< Nova fase da Lava Jato mira Delfim Netto e Belo Monte
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

pictures petrobras PF Polícia Federal ditadura ditadura militar corrupção propina OAS Delfim Netto Belo Monte Camargo Corrêa Andrade Gutierrez joão figueiredo operação lava-jato Lava-Jato Odebrecht petrolão crise brasileira Fausto Macedo operacao buona fortuna Drousys J. Malucelli

Temas

Reportagem Justiça

LEIA MAIS

POLÍCIA FEDERAL

Congresso em Foco foi fonte de apuração em inquérito da Abin Paralela

Direitos Humanos

AGU firma acordo para indenizar família de Vladimir Herzog

RELATÓRIO DA PF

Abin Paralela: entenda alegações contra Bolsonaro, Carlos e Ramagem

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Veja como cada deputado votou na urgência para derrubar decreto do IOF

2

DERROTA DO GOVERNO

O que o Congresso derrubou: veja ponto a ponto os vetos rejeitados

3

CONGRESSO NACIONAL

Nikolas diz que errou ao votar a favor de veto sobre vítimas da zika

4

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

PL das Eólicas: derrubar veto deve garantir empregos e reduzir impacto

5

ECONOMIA

Hugo Motta: urgência contra aumento do IOF é "recado da sociedade"

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES