Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
27/9/2017 18:05
[fotografo]Carlos Moura/STF[/fotografo]Ministro já tomou pelo menos 120 decisões relacionados ao Banco e suas subsidiárias como parte
<< Temer participará de evento patrocinado pelo governo na faculdade de GilmarEm um documento, por exemplo, o IDP admite que não teria condições de arcar com prestações de R$ 154 mil. No entanto, conseguiu pouco depois um empréstimo de R$ 28,2 milhões. À reportagem, o ministro nega conflito de interesses e afirma "que renegociações são decorrentes da redução dos juros praticados pelo mercado financeiro". O valor total das parcelas que a faculdade disse que não dava conta de pagar é apenas 6% do que o IDP recebeu depois do banco. O ministro Gilmar Mendes é um dos donos do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). De acordo com o site, as informações constam de cédulas de crédito produzidas pelo Bradesco e registradas em cartório pelo IDP. Conforme a lei da magistratura, é vedado "exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista, exceto como acionista ou quotista". O ministro poderia ter quotas de empresa, mas não atuar na administração da empresa. Apesar de Gilmar Mendes costumeiramente negar que seja dono, o BuzzFeed obteve documentos bancários de oito contratos com o Banco assinados pelo ministro, como avalista das operações bancárias. Os empréstimos, de acordo com a reportagem, começaram em 2011. "O combinado com o Bradesco era pagar em oito anos, começando apenas em abril de 2013. Seriam 102 parcelas de R$ 177 mil. Chegou então a hora de pagar. Começaram, também, as renegociações, sempre favoráveis ao IDP", diz o jornalista Filipe Coutinho em trecho da reportagem.
<< MP investiga negócio de R$ 7,7 milhões que estatizou faculdade criada por Gilmar Mendes no Mato GrossoPara este caso, o contrato foi alterado, a taxa caiu de 15,39% ao ano para 11,35%. A parcelas caíram para R$ 154 mil. Um desconto de quase R$ 23 mil por mês. O somatório das 102 parcelas caiu de R$ 18 milhões para R$ 15,8 milhões, no mesmo período de 2013 a 2021. Mesmo o IDP não arcando com as prestações, o Bradesco concedeu um novo empréstimo. Dessa vez, de R$ 2 milhões, em março de 2016. De acordo com a reportagem, o dinheiro com concedido no período em que o IDP disse que não dava conta de pagar pelo primeiro empréstimo. "Em junho de 2017, o IDP e Bradesco atualizaram os dois contratos, o de R$ 2 milhões e o inicial, de R$ 8,2 milhões. De novo, houve uma redução nos juros: de 18,6% para 12,54%, no caso do empréstimo de R$ 2 milhões", diz o BuzzFeed. Até junho de 2017, a faculdade tinha dois empréstimos, duas reduções de juros e três prorrogações de prazo, incluindo a informação do IDP de que não daria conta de pagar prestações de R$ 154 mil. Apesar disso, no último mês, o Bradesco concedeu mais R$ 26,25 milhões. A reportagem informa ainda que mesmo diante dos empréstimos nada atípicos com o Banco, "o sistema de jurisprudência do STF aponta cerca de 120 decisões tomadas pelo ministro e que tem o banco e suas subsidiárias como parte, além de outros acórdãos e processos sob relatoria de Gilmar Mendes", aponta o repórter Felipe Coutinho.
<< Leia a reportagem na íntegra << Pedido de impeachment de Gilmar Mendes se aproxima da meta de 1 milhão de assinaturas << Gilmar manda soltar novamente empresário de cuja filha foi padrinho de casamento; ministro diz não ter relação com Jacob Barata
Tags
Temas
SEGURANÇA PÚBLICA
Crise no Rio reforça necessidade da PEC da Segurança, diz relator
SEGURANÇA PÚBLICA
Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas
TRANSPORTE AÉREO
Câmara aprova proibição da cobrança por malas de até 23 kg em voos