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Congresso em Foco
24/4/2017 | Atualizado às 12:02
[fotografo]Lula Marques/Agência PT[/fotografo][/caption]
Contando com a fidelidade dos parlamentares desde que assumiu a presidência, Michel Temer (PMDB) tem visto ruir sua relação com o Congresso nas últimas votações de projetos de interesse do Planalto. O atual presidente vinha se destacando desde que assumiu o governo, em 2016, com uma taxa recorde de apoio na Câmara. No entanto, essa taxa de fidelidade às orientações do governo vem caindo de maneira constante desde o fim do ano passado, conforme aponta reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira (24). Em julho de 2016 a média de apoio ao governo na Câmara foi de 91%. O percentual revela o maior índice de governismo já registrado desde 2003. Já em abril deste ano, a taxa caiu para 79%.
Conforme dados do Basômetro, ferramenta do jornal que coleta dados de todas as votações nominais no Congresso e compara os votos dos deputados com as orientações do governo, nos primeiros 11 meses?de gestão, Temer registra 84%?de apoio na Câmara. De acordo com os dados apresentados, "nas primeiras 20 votações nominais do governo Temer, por exemplo, 92% dos deputados seguiram a orientação do Planalto. Já nas 20 mais recentes, apenas 68% fizeram o mesmo", diz trecho da reportagem.
Nos próximos meses, o presidente precisará ainda mais das alianças e fidelidades dos parlamentares na Câmara para tentar aprovar duas das maiores reformas apresentadas por seu governo até aqui: reformas da Previdência e trabalhista. Na última semana, os parlamentares demonstraram que não estão tão afiados assim com o governo e rejeitaram pedido de urgência para acelerar a votação da reforma trabalhista. No entanto, no dia seguinte, após movimentação do Planalto, o governo conseguiu reverter e conquistar o apoio de sua base, que aprovou o regime de urgência para a tramitação da proposta.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, o vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS), disse que os índices de fidelidade ao Planalto caíram a partir do momento em que o Planalto colocou em sua agenda questões reformistas. De acordo com ele, as propostas "ficaram mais duras e transformadoras". Apesar disso, ele acrescentou que "os deputados estão compreendendo aos poucos que as reformas são necessárias para a retomada do crescimento econômico".
Já o líder da minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que os parlamentares estão preocupados com o impacto da aprovação em suas bases eleitorais. "Deputado que apoia o governo Temer começa a ter medo da reação popular", disse.
Fidelidade dos tucanos
Entre as siglas, o PSDB, partido que integra a base do governo, é uma das que teve menor queda no percentual de parlamentares que decidiram contrariar o planalto nas últimas votações. "Os tucanos passaram de 98% de apoio em dezembro de 2016 para 94% em abril deste ano - o que coloca o partido no topo do ranking de governismo na Casa, acima do próprio PMDB, partido do presidente", diz a reportagem.
No caso do PMDB, a legenda passou de 98% de adesão no fim do ano passado para 92% agora. Já entre todos os partidos, o PSB e o PR registraram as maiores baixas às propostas de Temer - uma diminuição de 11 e 8 pontos porcentuais na taxa de adesão ao governo de dezembro até aqui. As duas siglas possuem, juntas, 74 deputados.
Leia reportagem do jornal O Estado de S. Paulo na íntegra
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