Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
29/6/2014 | Atualizado 2/7/2014 às 17:56
Nada fora do padrão do que se publica nas mídias sociais nesta era de exibição da intimidade. São muitas, muitas fotos. E público não lhe falta: mais de 7,7 mil seguidores no Instagram e mais de 13 mil no Twitter. A exposição não é problema para ela, jornalista e apresentadora de um programa de variedades na televisão paraibana. Nunca foi. Na adolescência, trabalhou como modelo e fez comerciais. Em 2005, conquistou o título de Miss Senhor do Bonfim, município do interior da Bahia onde nasceu.
Alguns posts chamam mais a atenção do que outros. O mais comentado é de setembro de 2012. Depois de ganhar camisolas e conjuntos de calcinha e sutiã de presente de uma marca, ela publicou no Instagram imagens das peças sobre a cama com a seguinte frase na legenda: "Presente para mim, mas quem mais curte é o maridão". Poderia ter passado despercebido, não fosse o "maridão" o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB).
"Ela é polêmica, jovem e sensual. Não se espera esse tipo de performance de uma primeira-dama, ela tenta romper paradigmas", diz a mestre em Políticas Públicas e Sociedade Moíza Siberia Silva de Medeiros, que estuda o papel social das primeiras-damas. Para ela, Pâmela incomoda porque é uma figura pública de quem se espera comportamento mais contido, num papel de coadjuvante, acompanhante do marido. "Expondo-se na internet, ela pode até angariar jovens, mas moralistas veem incompatibilidade nisso. Parece que mulher de político não pode ser bela e jovem."
O "maridão", o farmacêutico Ricardo Coutinho, tem 53 anos, nasceu em João Pessoa, começou sua trajetória no movimento sindical e elegeu-se vereador pela primeira vez em 1992, pelo PT. Não deixou mais a vida pública. Foi reeleito vereador, elegeu-se deputado estadual por dois mandatos e, já filiado ao PSB, comandou a capital paraibana duas vezes. No começo da primeira gestão como prefeito, se separou da primeira mulher, Aglaé Fernandes, com quem tem um filho.
"Ele não tem carisma, charme e simpatia. Precisava de uma primeira-dama dessas. Ela é belíssima", diz um experiente jornalista paraibano. Ainda prefeito, em 2009, Coutinho conheceu a jornalista Pâmela Bório durante uma entrevista. Em outubro do ano seguinte, o ex-prefeito comemorava a eleição para governador e o nascimento do filho do casal, Henri Lorenzo. O casamento foi no mês seguinte à posse, numa cerimônia reservada na capela da Granja Santana.
Para a doutora em História Ivana Guilherme Simili, professora da Universidade Estadual de Maringá, Pâmela representa um paradoxo entre o tradicional e o moderno. "Ela incorpora a cultura do 'primeiro-damismo', cuidando da área social, promovendo eventos e acompanhando o marido, e ao mesmo tempo é produto de uma geração conectada, que se expõe e que tem como lema dessa modernidade dar publicidade ao que faz", resume a professora, autora de livro sobre a trajetória de Darcy Vargas.
* Colaborou Adriana Bezerra, de João Pessoa
Veja a reportagem completa na Revista Congresso em Foco Se você não é assinante do UOL ou da revista, entre aqui e faça a sua assinatura agora Outros textos relacionados com as questões da mulher Fotos de Pâmela Bório no FlickrTags
Temas
LEIA MAIS
SERVIÇO PÚBLICO
Câmara acelera debate da reforma administrativa antes do recesso
GUERRA NO ORIENTE MÉDIO
Grupo de políticos brasileiros tenta sair de Israel pela Jordânia