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Confusão: mais cedo, pastor disse que Xuxa violentou crianças em filme erótico de 1982
Por unanimidade, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara  aprovou, na noite desta quarta-feira (21), a redação final do projeto  conhecido como "Lei da Palmada", que estabelece o direito de crianças e  adolescentes serem educados sem castigos físicos ou tratamento cruel ou  degradante. Aprovada em caráter terminativo, a proposta, que altera o  Estatuto da Criança e do Adolescente, seguirá diretamente para análise  dos senadores, sem necessidade de votação no plenário da Câmara.
A  proposta, encaminhada pelo Executivo à Câmara em 2010, proíbe pais e  responsáveis legais por crianças e adolescentes de baterem nos menores  de 18 anos. Prevê que os pais que agredirem fisicamente os filhos devem  ser encaminhados a cursos de orientação e a tratamento psicológico ou  psiquiátrico, além de receberem advertência - não especificada no texto.
Ainda conforme o projeto, que ficou dois anos parado na CCJ da  Câmara, as crianças e os adolescentes agredidos devem ser encaminhados  para atendimento especializado.
Um acordo costurado pelo presidente da Câmara, Henrique Alves  (PMDB-RN), viabilizou a votação. Isso porque havia discordância da  bancada evangélica em relação à definição do termo "castigo físico".
Relator do projeto, o deputado Alessandro Molon (PT-RJ) concordou em  alterar a definição, especificando que se trata de "ação de natureza  disciplinar com uso da força física que resulte em sofrimento físico ou  lesão à criança ou adolescente". Na versão anterior, não havia o termo  "físico" após "sofrimento".
Mais cedo, uma crítica do deputado 
Pastor Eurico (PSB-PE) à apresentadora de TV Xuxa Meneguel 
gerou confusão em reunião da CCJ. Ele  lembrou que a artista já fez um filme chamado "Amor, estranho amor",  lançado em 1982, em que ela encena, de forma implícita, sexo com um  garoto de 12 anos. O deputado perdeu a vaga na CCJ porque o PSB entendeu  que ele se manifestou de forma "intolerante, desrespeitosa e  desnecessariamente agressiva" em relação à Xuxa.
"Menino Bernardo"
Na CCJ, os deputados acordaram reapelidar o projeto de "Lei Menino  Bernardo", em homenagem a Bernardo  Boldrini, morto no Rio Grande do Sul  - o pai, a madrasta, uma assistente social e o irmão dela são acusados  de envolvimento no crime.
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