Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Federalismo: desafios para a educação nos municípios

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Federalismo: desafios para a educação nos municípios

Congresso em Foco

26/5/2015 9:00

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
João Batista Araujo e Oliveira * Na contramão do programa de ajuste fiscal, Estados e municípios empenham-se em aprovar legislação para se adequar ao Plano Nacional de Educação (PNE), o que irá comprometer ainda mais os escassos recursos e aumentar as ineficiências existentes, sem perspectiva de melhoria da qualidade do ensino. Nada como uma boa crise para provocar mudanças profundas e necessárias. Por que não aproveitar o momento e enfrentar os desacertos do modelo federalista na educação? Sem esquecer, é claro, de aprimorar os mecanismos de financiamento da área. Quais ações poderiam se dar nos três níveis da Federação? Levantamos alguns pontos e suas soluções, para incentivar o debate e provocar os tomadores de decisão. Do ponto de vista de recursos, o grande problema é a legislação existente, que leva Estados e municípios a aumentar gastos, especialmente com pessoal, sem possibilidade de elevar receita e diante da perspectiva de redução demográfica. Isso inclui especialmente a questão dos reajustes salariais determinados a partir de Brasília e o modelo inviável de expansão das creches. A outra grande ameaça é a falta de liquidez para pagar os atuais e futuros aposentados da educação, especialmente nos municípios que optaram por regime próprio e que se encontram à beira da insolvência. O terceiro aspecto é a criação de encargos decorrentes de programas federais que Estados e municípios foram "forçados" a aceitar, e que geram mais custos do que benefícios. Felizmente, o ajuste deverá eliminar esses programas, quase todos 100% ineficientes. O quarto ponto se refere às ineficiências decorrentes da duplicidade de redes de ensino - a municipalização incompleta associada à redução demográfica vai tornando a operação conjunta do Ensino Fundamental cada vez mais cara, especialmente para os Estados. Do ponto de vista da produtividade da economia, o grande gargalo é o Ensino Médio. O Brasil resiste à necessidade de diversificar esse nível e condena quase metade dos jovens ao subemprego ao insistir no modelo único de Ensino Médio subordinado ao Enem. Diante desta realidade, como poderiam agir os estadistas no nível federal, estadual e municipal? Rascunhamos algumas ideias, na esperança de incentivar os homens públicos que podem interferir e fazê-las avançar. No âmbito nacional, caberiam medidas como (1) rever as metas do PNE, mantendo apenas aquelas duas ou três que efetivamente aumentem a eficiência ou a qualidade e substituindo as demais por medidas mais eficazes; (2) estabelecer critérios definitivos e adequados para o reajuste do magistério, (3) criar incentivos para as redes estaduais promoverem o que falta da municipalização, (4) estimular, ao invés de impor, os Estados a propor e implementar modelos alternativos para o Ensino Médio e fazer o mesmo para os municípios na área da primeira infância em substituição ao inviável modelo de creches (5) no bojo dessas mudanças, associar o Fundef ao número de habitantes de 4 a 17 anos, e não ao número de alunos matriculados no ensino básico regular, de forma a estimular a municipalização e desestimular a repetência. O acerto do passivo previdenciário poderia ser a moeda de troca para viabilizar essas reformas. Isso aliviaria o caixa de muitos municípios no curto prazo e só teria repercussão para a União a longo prazo. Se o governo federal começar a desatar o nó da educação enfrentando as questões acima citadas, por aí criam-se espaço e recursos para uma nova agenda para a educação brasileira. No caso dos Estados, duas grandes reformas poderiam ser iniciadas, com ou sem apoio federal. A primeira é a reforma do Ensino Médio, a outra seriam acertos visando o que falta municipalizar no Ensino Fundamental. No âmbito dos municípios, a hora é de aproveitar a crise para resistir a mais gastos impostos pelo governo federal e reduzir custos, reorganizando a rede escolar, otimizando a oferta de vagas, eliminando a miríade de programas e projetos que tiram o foco e concentrando a ação pedagógica no que é essencial para promover a aprendizagem dos alunos. O exemplo de Brejo Santo (Ceará) vencedor do Prêmio Prefeito Nota 10, instituído pelo Instituto Alfa e Beto, e dos três outros municípios que também se destacaram, mostra que, apesar da crise e das dificuldades, é possível promover a qualidade e a equidade na educação. Basta, como visto, ser um gestor comprometido e engajado na causa.  São exemplos a serem seguidos. Será a crise suficientemente forte para despertar novas ideias, novas lideranças e estadistas à altura das reformas que requer o nosso combalido pacto federativo? Fica o desafio. * João Batista Araujo e Oliveira é presidente do instituto Alfa e Beto. Mais sobre educação Mais sobre pacto federativo
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

municípios união estados pacto federativo Fórum ensino fundamental ensino médio ajuste fiscal

Temas

Educação Congresso

LEIA MAIS

AGENDA DA SEMANA

Pauta do Senado tem projeto de aumento do número de deputados

AGENDA DA SEMANA

Congresso marca sessão conjunta para discutir vetos presidenciais

AGENDA DA SEMANA

Pauta da Câmara inclui derrubada do aumento do IOF e proteção ao idoso

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

SERVIÇO PÚBLICO

Câmara acelera debate da reforma administrativa antes do recesso

2

Data simbólica

Há 63 anos, o Acre era elevado à categoria de Estado

3

Segurança Pública

Comissão aprova reintegração de trechos vetados em lei das polícias

4

Educação

Deputado propõe cursos de medicina veterinária apenas presenciais

5

AGENDA DA SEMANA

Pauta da Câmara inclui derrubada do aumento do IOF e proteção ao idoso

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES