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"A oposição não é uma só", diz Coruja

Congresso em Foco

12/4/2007 | Atualizado 16/4/2007 às 11:26

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                                            Agência Câmara

Carol Ferrare

Ao mesmo tempo em que os aliados governistas juram fidelidade ao presidente Lula, após serem contemplados com cargos na reforma ministerial, líderes oposicionistas não fazem questão de esconder suas diferenças. Em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco, o líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja (SC), critica a política econômica defendida pelo PSDB e a insistência do DEM (ex-PFL) em obstruir as votações na Câmara.

“A oposição não é uma só”, ressalta Coruja. Segundo o deputado, o PPS só se aliou ao PSDB e ao DEM por causa do processo eleitoral, e não por afinidades programáticas. “Nós apoiamos o candidato do PSDB [Geraldo Alckmin], porque as urnas nos levaram para a oposição. Mas claro que há diferenças”, diz o deputado.

Apesar disso, avisa o líder do PPS, não há qualquer possibilidade de o partido ingressar na coalizão governista, como defendem alguns articuladores do Planalto no Congresso. “Nós não temos nenhum motivo para apoiá-lo. Nosso posicionamento continua sendo esse”, enfatiza o deputado. O partido presidido pelo ex-deputado Roberto Freire (PE) chegou a ocupar dois ministérios no primeiro mandato de Lula, mas rompeu com o petista em dezembro de 2004, alegando discordar do rumo dado à economia.
 
Coruja critica, ainda, o adesismo e o inchaço da base governista com a distribuição de cargos no governo. “Alguns partidos se elegeram também no campo da oposição e acabaram indo para o governo. Nós também criticamos esse fisiologismo, essa cooptação que ocorre no Congresso com vários mecanismos – e um deles é o fornecimento de cargos, de ministérios e agora até a criação de novos órgãos para poder incluir uma base no Congresso”, afirma.

Maioria cega

O deputado é ácido ao comentar a gestão de Arlindo Chinaglia (PT-SP) na presidência da Câmara. O líder do PPS, que apoiou a candidatura de Gustavo Fruet (PSDB-PR), diz não ter dúvida de que Chinaglia deixou de lado a independência e dá sinais de que está mais preocupado em defender os interesses da maioria. “Ele teve um bom mandato muito curto”, avalia. “Ele começa a dar sinais de que não é tão independente assim do governo, de que vai acabar fazendo aqui o jogo da maioria”, emenda.

Mas essa falta de autonomia não é exclusividade do petista, reconhece o deputado. Na avaliação dele, os governistas, em geral, não se dão sequer ao trabalho de saber o que estão votando. “É uma maioria acrítica. Uma maioria construída por mecanismos que levam o sujeito a votar aqui no plenário sem considerar o que está votando. ‘Eu voto porque é um projeto do governo e eu tenho cargo, eu sou governo’”, observa Coruja.

Em seu terceiro mandato federal, o deputado catarinense – que já foi filiado ao PFL e ao PDT – diz constatar com tristeza que o único objetivo dos parlamentares hoje é a reeleição. Por isso, avalia, é fundamental fortalecer os partidos políticos com a adoção da fidelidade partidária.

Baseado na interpretação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que o mandato é da legenda, e não do deputado, o líder do PPS protocolou, na Mesa Diretora, pedido para que sejam devolvidas as oito vagas perdidas pela sigla com o troca-troca partidário (leia mais).

Se a recuperação dos mandatos ainda é vista como uma incógnita, Coruja dá como certa a instalação da CPI do Apagão Aéreo, seja ela na Câmara, no Senado ou mista (formada por deputados e senadores). “Que uma CPI vai sair, eu não tenho dúvidas”, acredita.

É por ter tanta certeza de que a CPI será instalada que o deputado considera equivocada a estratégia do DEM de dar continuidade à obstrução das votações. O líder defende que sejam aprovadas logo as medidas provisórias do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – um conjunto de iniciativas destinado ao fracasso, na opinião dele – a fim de que o governo não tenha argumentos para, depois, culpar o Congresso pelo eventual fracasso do plano.

Leia abaixo a íntegra da entrevista de Fernando Coruja ao Congresso em Foco:

Congresso em Foco – Qual a diferença entre fazer oposição ao PSDB e ao PT?
Fernando Coruja –
Nós apoiamos o governo Lula na primeira metade do primeiro governo. O PPS saiu por discordar, fundamentalmente, da política econômica. Nós percebemos que houve uma continuidade em relação à política econômica. Nós continuamos com o mesmo posicionamento. Saímos por essa discordância. Depois disso, ainda se acentuou a crise porque vieram todo o problema do mensalão e as denúncias de corrupção.

Partindo do princípio de que o PSDB e o PFL concordam com essa política econômica, só o Psol e o PPS seriam, de fato, oposição hoje?
A oposição não é uma só. Faz-se oposição por vários motivos. Às vezes, você se coloca no campo da oposição por estar do outro lado na eleição. Nós apoiamos o candidato do PSDB, porque as urnas nos levaram para a oposição. Mas claro que há diferenças. Os vários partidos têm motivos diferentes para fazer oposição. Eu acho que a oposição do PSDB e do PFL é legítima, embora haja, na questão da política econômica, muita semelhança entre o governo Fernando Henrique e o atual. O Psol já faz oposição por outros motivos. Nós temos também as nossas peculiaridades para estarmos na oposição.

Além da política econômica, quais seriam essas peculiaridades?
Nós fomos para a oposição em função do resultado das urnas. A população nos elegeu em um modelo de crítica ao governo do presidente Lula. Nós não temos nenhum motivo para apoiá-lo. Nosso posicionamento conti

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