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Congresso em Foco
20/5/2008 | Atualizado às 21:34
Eduardo Militão
Acostumado a fazer os Conselhos de Ética do Congresso se movimentarem, o Psol vai adotar uma estratégia de cautela nas próximas semanas. Vai fazer representação contra o deputado Paulinho da Força (PDT-SP) e o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), mas vai deixar de lado as denúncias contra os deputados Jéfferson Campos (PTB-SP) e Francisco Tenório (PMN-AL). Pelo menos por enquanto.
A intenção é aguardar a receptividades das primeiras representações para avaliar se vale a pena ingressar com as outras.
Segundo o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), o partido ingressa hoje (21) com a denúncia contra Paulinho, a não ser que o corregedor da Câmara, Inocêncio de Oliveira (PR-PE), tome a iniciativa. “A representação está pronta, mas não queremos fazer olimpíada com isso”, explicou Alencar. Como revelou o Congresso em Foco, o partido fará representação contra Perillo até semana que vem.
“Estamos examinando isso. Vamos ser muito criteriosos”, disse Alencar. Ele acredita que, ao se fazer uma denúncia que não tem condições de ser levada adiante, por falta de provas ou de vontade dos parlamentares de analisar o assunto, o acusado acaba sendo beneficiado. “Se não, a gente passa atestado de idoneidade para eles.”
Cotado para assumir o Conselho de Ética apesar de responder a três processos no Supremo, o deputado Sérgio Moraes diz que vai imprimir isenção no caso Paulinho e em todos os outros julgamentos.
“Eu não posso falar pelo resto do Conselho, mas posso falar por mim. Vou sempre obedecer à maioria. E as coisas têm que ser justas. Não vamos sair caçando as bruxas porque a imprensa quer. Quem for culpado vai pagar, mas eu não vou agir no grito”, disse ele à reportagem ontem.
Quatro crimes
Suplente que foi efetivado no cargo com a morte de Ricardo Izar (PTB-SP), Jéfferson Campos é acusado de quatro crimes derivados da Operação Sanguessuga da Polícia Federal. Em duas ações, o Ministério Público Federal pede sua punição por corrupção passiva, formação de quadrilha, fraude em licitações e improbidade administrativa. O empresário Luiz Antônio Vedoin disse à Justiça que entregou um ônibus ao irmão do deputado depois que ele fez emendas para a compra de 14 ambulâncias superfaturadas em Santos (SP).
Já Francisco Tenório (PMN-AL) passou a ser réu este mês em um processo no Supremo Tribunal Federal por suspeita de participação em crime de pistolagem em Alagoas. Em 2005, a CPI do Extermínio no Nordeste, da Câmara, pediu que o então deputado estadual fosse investigado pela Assembléia Legislativa do estado por conta de denúncias do jornalista Iremar Marinho de Barros.
Em depoimento prestado em 2004 à CPI, Iremar disse que Francisco Tenório era ligado a um grupo de extermínio em Alagoas. Procurado, o deputado não foi localizado ontem pela reportagem.
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