O senador Delcídio Amaral (PT-MS), presidente da CPI dos Correios, e o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), relator, ainda não sabem como será entregue ao Ministério Público a lista com o nome de 50 novos suspeitos de terem se beneficiado com o mensalão. Mas ela será enviada ao procurador-geral da República na próxima semana.
A nova relação surgiu do cruzamento de dados dos nomes de assessores de parlamentares que estiveram na agência do Banco Rural em Brasília. Nas datas em que foram à agência, a CPI detectou saques realizados nas contas das agências de propaganda do empresário Marcos Valério de Souza, apontado como o operador do mensalão.
Delcídio e Serraglio receiam possíveis injustiças. Serraglio afirma haver nomes na lista sobre os quais não haveria provas ou coincidências suficientes para condenação. "O medo é de botar gente inocente", diz.
Uma possibilidade é repassar ao Ministério Público o banco de dados com as informações brutas colhidas pela CPI. Caberia aos procuradores cruzar as informações, analisar as coincidências e identificar possíveis culpados. Dessa maneira, os integrantes da CPI ficariam isentos de responsabilidade sobre qualquer injustiça.