Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
terça-feira, 3 de junho de 2025
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Afastamento e medida cautelar contra parlamentar ferem Constituição, ...
[Erro-Front-CONG-API]: Erro ao chamar a api CMS_NOVO.

{ "datacode": "BANNER", "exhibitionresource": "NOTICIA_LEITURA", "assettype": "NO", "articlekey": 34260, "showDelay": true, "context": "{\"positioncode\":\"Leitura_Noticias_cima\",\"assettype\":\"NO\",\"articlekey\":34260}" }

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Afastamento e medida cautelar contra parlamentar ferem Constituição, dizem especialistas

Congresso em Foco

11/10/2017 | Atualizado às 7:29

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
Aécio Neves_Lula Marques/AGPT" src="https://static.congressoemfoco.com.br/2017/10/Aécio.jpg" alt="" width="580" height="326" />[fotografo]Lula Marques/AGPT[/fotografo]

Ação foi tirada da gaveta para dar desfecho a caso do tucano, afastado do mandato e cumprindo recolhimento noturno

  O Supremo Tribunal Federal (STF) julgar a partir desta quarta-feira (11) a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 5526/2016, que pode definir se o órgão pode afastar ou determinar medidas diversas de prisão a parlamentares sem a confirmação das Casas Legislativas. Retirado providencialmente da gaveta, esse julgamento definirá a situação do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que teve seu afastamento e recolhimento domiciliar noturno determinados pela 1a Turma do tribunal em 26 de setembro. A decisão causou uma rebelião em plenário conduzida pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ele mesmo um recordista de investigações no Supremo e campeão de citações na Operação Lava Jato. A questão divide opiniões.
<< STF afasta Aécio do mandato e determina recolhimento noturno, mas nega prisão do senador << "Janot teve que engolir a sangria", diz Jucá em discurso contra afastamento de Aécio pelo STF
A reportagem do Congresso em Foco ouviu três advogados criminalistas e constitucionalistas para analisar os cenários das possíveis decisões da Corte. Entre eles houve unanimidade em considerar que, se o Supremo entender constitucional a aplicação de afastamento e penas diversas de prisão contra parlamentares, terá agido em desacordo com a Constituição e abrirá precedentes perigosos.

A ação estava na gaveta do ministro Edson Fachin desde maio do ano passado, quando foi apresentada por três partidos - PP, Solidariedade e PSC - após o afastamento do então presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do comando da Casa. O peemedebista teve seu mandato cassado pelos pares quatro meses depois, em setembro de 2016, e foi preso no mês seguinte. A decisão do STF terá repercussão geral para casos futuros, o que interessa aos mais de 230 parlamentares investigados no Supremo.

A Adin questiona se os artigos 312 e 319 do Código de Processo Penal (CPP) estão "em consonância com as regras constitucionais que garantem a autonomia do Poder Legislativo e as prerrogativas dos parlamentares", prerrogativas que estão dispostas nos parágrafos 2º e 3º do artigo 53 e 1º e 2º do artigo 55 da Constituição. Em resumo, a ação quer saber se é possível declarar prisão preventiva como garantia da ordem pública e econômica e a aplicação de medidas cautelares diversas à de prisão, como afastamento e recolhimento noturno, restrições aplicadas a Aécio.

Em contraponto, dispositivos constitucionais protegem parlamentares dessas medidas ao determinar que "desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão".

A situação se apresenta como um impasse entre Poderes e a opinião pública. Uma decisão no sentido de que STF pode aplicar tais medidas poderá abrir precedentes considerados perigosos por juristas, enquanto a revisão da decisão do colegiado em favor Aécio poderia ser interpretada como proteção ao senador, resultante de pressão corporativa que visa interesses próprios. Aécio responde a nove inquéritos no Supremo, situação que atinge pelo menos seis em cada dez senadores.

<< Senadores na mira do STF são maioria entre os que foram contra adiar decisão sobre Aécio << Senado volta a adiar decisão sobre afastamento de Aécio, que continua em reclusão domiciliar

Proteção a Aécio

Questionados sobre a possibilidade de que a Suprema Corte decida no caminho contrário da determinação dos ministros Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux, que formaram maioria na Primeira Turma para afastar Aécio do mandato, os três advogados não consideram a decisão uma proteção a Aécio ou a outros parlamentares, mas sim a garantia do que prevê a Constituição.

Professor de Direito Civil-Eleitoral na Universidade de Brasília (UnB), Bruno Rangel afirma que uma decisão do Supremo de rever a determinação da Primeira Turma não seria uma "proteção" a Aécio, que responde a nove inquéritos no STF. "Entendo que haveria aí um rigor de respeito à Constituição. E aí cabe ao Senado decidir por um possível afastamento, e é possível que haja uma decisão corporativa. Mas aí sim entra a pressão popular como determinante, para constranger os senadores a decidirem pelo afastamento", argumentou Bruno, que também preside a Comissão de Direito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF).

O advogado criminalista João Paulo Boaventura reforça o argumento do colega. Ele afirma que a proteção não seria a parlamentares investigados, mas sim às prerrogativas das Casas Legislativas, de maneira que um poder não interfira no outro. "É a liberdade da Casa, de seu próprio funcionamento. Porque se não daqui a uns dias o Senado e a Câmara vão virar secretaria do Judiciário", afirmou.

Para Cezar Britto, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), não se trata de uma questão de impunidade do parlamentar suspeito, mas de não abrir precedente que fortaleça a "juristocracia". Segundo ele, uma decisão que permita a aplicação dessas medidas deixaria a atividade parlamentar "subordinada a uma decisão liminar de um grupo fracionado".

Garantia constitucional

Para Boaventura, se o Supremo interpretar que pode aplicar as medidas previstas nos artigos do Código de Processo Penal (CPP), isso equivaleria a colocá-lo acima da Constituição. "Se declararem que o artigo 319 se aplicaria a parlamentares, teríamos a inconstitucionalidade do artigo 53 da Constituição", afirmou. Para ele, mesmo que haja uma "interpretação forçada dos artigos do CPP, a Constituição é clara".

A opinião é compartilhada por Britto. "Abre, sim precedente perigoso. Pois transfere para um poder, no caso o Judiciário, o papel de decidir quem pode ou não exercer a atividade parlamentar. Ainda mais em processos ainda não julgados, que ainda estão em formação de juízo." Para o advogado, isso colocaria o Judiciário acima do Legislativo e quebraria o princípio da independência entre Poderes.

"Má aplicação da lei"

Boaventura avalia que o precedente para afastamento já foi aberto com o ex-senador Delcídio do Amaral, representante do PT do Mato Grosso do Sul afastado e cassado em 2015, depois de flagrado em tramas na Lava Jato para calar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. A mudança agora, comparando-se os casos de Aécio e Delcídio, é apenas a situação política.

Ainda segundo Boaventura, o preocupante seria uma decisão que reitere a interpretação da Primeira Turma. O advogado criminalista diz não considerar precipitado tal entendimento, mas uma má aplicação da lei. "Nós teríamos, pela primeira vez na história, o Supremo declarando inconstitucional um artigo da Constituição", afirmou, acrescentando que não vê como os ministros interpretariam de outra forma, constitucional ou tecnicamente, já que o "artigo da Constituição é claro".

Bruno Rangel também diz não ver a decisão da maioria dos ministros da Primeira Turma como precipitada, mas afirma que os magistrados "deram à Constituição uma interpretação mais elástica do que a que pode ser dada".

<< Seis em cada dez senadores respondem a acusações criminais no STF

<< Senadores de vários partidos fizeram apartes de apoio a Aécio em seu último discurso de defesa

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

pictures STF Judiciário ADI Aécio Neves julgamento constituição Legislativo em crise afastamento crise brasileira medidas cautelares

Temas

Reportagem Corrupção Justiça Congresso

LEIA MAIS

Congresso

Vice-líder do governo elogia Hugo no combate ao aumento do IOF

Justiça

PGR defende manutenção da prisão do general Braga Netto

INQUÉRITO

Lindbergh pede abertura de investigação na PF contra Filipe Barros

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

SUGESTÃO AO CONGRESSO

Reforma administrativa deve começar pelos supersalários, diz Haddad

2

INQUÉRITO

Lindbergh pede abertura de investigação na PF contra Filipe Barros

3

Câmara

Nikolas diz que notícias sobre prisão de primo tentam desgastar imagem

4

ECONOMIA

Haddad quer calibrar IOF e retomar reformas estruturais no Congresso

5

BEBÊ REBORN

Eduardo Paes veta criação do Dia da Cegonha Reborn: "não dá"

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES