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Congresso em Foco
18/11/2016 | Atualizado às 17:19
[caption id="attachment_271707" align="aligncenter" width="538" caption="Cabral é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro em esquema que envolvia empreiteiras e grandes obras feitas no Rio de Janeiro"]
[fotografo]Fernando Frazão/ABr[/fotografo][/caption]
Em vez de ternos bem cortados ou camisa social, camiseta branca e calça jeans. No lugar de uma mesa bem posta de café da manhã, apenas pão com manteiga e café com leite. Essa é a realidade com a qual o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) se deparou ao acordar, nesta sexta-feira (18), no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio. O peemedebista teve a cabeça raspada, prática adotada com os demais presos da unidade, assim que chegou ao presídio, ainda ontem à noite. Dono de imóveis luxuosos, Cabral passou a noite em uma cela de nove metros quadrados.
O cardápio do almoço e do jantar em nada lembra o oferecido em sua residência ou em restaurantes de luxo que frequentava, no Brasil ou no exterior. O ex-governador deve almoçar arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha, legumes, salada, sobremesa, além de um refresco. No lanche, serão servidos pão com manteiga ou bolo e um guaraná. O político conhece bem a ala onde está preso: foi ele, como governador, que inaugurou a unidade, em 2008.
Principal alvo da Operação Calicute, derivada da Lava Jato, Cabral é acusado de liderar um esquema de corrupção que desviou mais de R$ 220 milhões dos cofres públicos, segundo estimativa da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Outras nove pessoas ligadas a ele também foram presas por determinação da Justiça do Rio e do Paraná.
Uma das acusações é de que o ex-governador recebia mesada de até R$ 500 mil de empreiteiras, além de joias e outros objetos de luxo dados por empreiteiras com contratos com o governo estadual durante sua gestão, entre 2007 e 2014. Entre as obras fraudadas citadas no pedido de prisão estão a reforma do Maracanã, o PAC das Favelas, o Arco Metropolitano e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Além de Cabral, outro ex-governador também está preso em Bangu. Anthony Garotinho (PR) foi transferido no final da noite. Ele é acusado de coagir testemunhas e utilizar um programa social da prefeitura de Campos (RJ), o Cheque Cidadão, para comprar votos. O município é administrado por sua mulher, a ex-governadora Rosinha Garotinho. Ele nega irregularidades e diz que sua prisão é ilegal e arbitrária.
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