Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
quinta-feira, 22 de maio de 2025
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Artigos >
  3. Em manifesto, brasilienses criticam medidas de Ibaneis e defendem ... | Congresso em Foco
[Erro-Front-CONG-API]: Erro ao chamar a api CMS_NOVO.

{ "datacode": "BANNER", "exhibitionresource": "ARTIGO_LEITURA", "assettype": "AR", "articlekey": 17298, "showDelay": true, "context": "{\"positioncode\":\"Leitura_Artigos_cima\",\"assettype\":\"AR\",\"articlekey\":17298}" }

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Em manifesto, brasilienses criticam medidas de Ibaneis e defendem isolamento

2/7/2020 | Atualizado às 14:41

A-A+
COMPARTILHE ESTE ARTIGO

[fotografo]Gabriel Jabur/Agência Brasília[/fotografo]

[fotografo]Gabriel Jabur/Agência Brasília[/fotografo]
Um grupo de quase 300 brasilienses assinou um documento manifestando indignação diante do comportamento que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), vem tendo diante da pandemia, alinhando-se às medidas do presidente Jair Bolsonaro. "Defendemos o distanciamento social, a saúde e a vida, que não podem estar sujeitos a atitudes que desprezam a ciência e servem a interesses políticos e econômicos", diz o texto. > Ibaneis decreta reabertura total do comércio e volta às aulas em 3 de agosto O  governador Ibaneis publicou um decreto nesta quinta-feira (2) permitindo a reabertura do comércio e a retomada das atividades presenciais em escolas, universidades e faculdades das redes pública e privada. Segundo o grupo, o governador Ibaneis tomou inicialmente as medidas necessárias para impedir a rápida disseminação do vírus, e os primeiros resultados foram positivos. Mas, no final de março, iniciou o que chamaram de "injustificável e irresponsável" flexibilização do isolamento social e aderiu à tese difundida pelo presidente. "Seguindo a cartilha bolsonarista e na contramão das recomendações de especialistas e do que vem sendo feito em outros países, o governador, no momento em que a curva de casos cresce exponencialmente, reabriu prematuramente e continua reabrindo atividades econômicas e sociais não essenciais, com protocolos mal elaborados e que não são cumpridos e fiscalizados convenientemente, especialmente nas regiões mais afastados do centro." O resultado disso é o aumento no número de casos e de óbitos decorrentes da covid-19. O texto também lembra que há inconsistências nos dados do número de UTIs disponíveis para pacientes de covid-19 e de outras informações da área de saúde. > Casos de covid-19 no DF sobem 11 vezes em 43 dias. Ibaneis fala em "gripe" Segundo os signatários, Ibaneis cedeu a pressões empresariais e políticas e tem dado declarações autoritárias e tomado ações irresponsáveis.
Críticas a Bolsonaro
O manifesto também faz duras críticas ao presidente da República. "Sabemos que a maior responsabilidade pela tragédia que estamos vivendo é, indiscutivelmente, do presidente da República. Desde o início da pandemia, com sua postura negacionista e anticientífica, ele tem minimizado os efeitos do covid-19 - tratado como "gripezinha" -, incentivado aglomerações e criticado e sabotado medidas essenciais para reduzir a contaminação, como o distanciamento social e o uso de máscara." O grupo alega que o governo federal não assegurou os meios e recursos financeiros necessários para a prevenção e para o tratamento das pessoas vitimadas pelo covid-19 e para que os mais vulneráveis economicamente pudessem se resguardar do contágio. "A falta de gestão e governança no combate à pandemia levou o país à lamentável situação que vivemos", continua o texto. Assinam o manifesto figuras públicas, como os deputados federais do DF, Erika Kokay (PT) e Israel Batista (PV) e os distritais Leandro Grass (Rede), Fábio Felix (Psol), Arlete Sampaio (PT) e Chico Vigilante (PT), além de produtores culturais, jornalistas, acadêmicos e servidores públicos. O GDF foi procurado para comentar o caso, mas ainda não se manifestou. Confira o texto na íntegra: Nós, brasilienses, manifestamos nossa indignação e revolta diante do comportamento que o governador Ibaneis Rocha e o governo do Distrito Federal vêm tendo diante da pandemia que assola nosso país e nossa cidade. É injustificável o elevado número de contaminados e mortos no Brasil e no Distrito Federal, pois sabemos que as medidas adequadas, no campo sanitário e da economia, poderiam ter reduzido substancialmente, como em outros países, as vítimas do covid-19. Sabemos que a maior responsabilidade pela tragédia que estamos vivendo é, indiscutivelmente, do presidente da República. Desde o início da pandemia, com sua postura negacionista e anticientífica, ele tem minimizado os efeitos do covid-19 - tratado como "gripezinha" -, incentivado aglomerações e criticado e sabotado medidas essenciais para reduzir a contaminação, como o distanciamento social e o uso de máscara. Além disso, não assegurou os meios e recursos financeiros necessários para a prevenção e para o tratamento das pessoas vitimadas pelo covid-19 e para que os mais vulneráveis economicamente pudessem se resguardar do contágio. A falta de gestão e governança no combate à pandemia levou o país à lamentável situação que vivemos. Aqui em Brasília, o governador Ibaneis Rocha tomou incialmente as medidas necessárias para impedir a rápida disseminação do vírus, e os primeiros resultados foram positivos. Mas, ainda em fins de março, iniciou uma injustificável e irresponsável "flexibilização" do isolamento social e aderiu à tese genocida, difundida por Jair Bolsonaro, de que não importam as vidas perdidas e as sequelas adquiridas na contaminação se há leitos para receber os doentes e as atividades econômicas são retomadas. O governador agora anuncia que vai reabrir todas as atividades, sem restrições, e, repetindo o presidente, disse que em Brasília o covid-19 vai ser tratado como uma gripe. Ao mesmo tempo, decreta estado de calamidade pública no Distrito Federal, para obter recursos federais, comprar sem licitação e se eximir da responsabilidade fiscal. Seguindo a cartilha bolsonarista e na contramão das recomendações de especialistas e do que vem sendo feito em outros países, o governador, no momento em que a curva de casos cresce exponencialmente, reabriu prematuramente e continua reabrindo atividades econômicas e sociais não essenciais, com protocolos mal elaborados e que não são cumpridos e fiscalizados convenientemente, especialmente nas regiões mais afastados do centro. O resultado é o aumento assustador de contaminados e mortos no Distrito Federal, especialmente nas comunidades de maior vulnerabilidade social e na população mais pobre. Conforme provado por documentos oficiais da Secretaria de Saúde, o governo mente ao aumentar o número de UTIs disponíveis para pacientes de covid-19, enganando a população para ter um falso pretexto para a reabertura. O número de leitos anunciado é muitas vezes maior do que os que realmente estão em condições de receber doentes. Ao lado dessa irresponsabilidade, profissionais de saúde e suas entidades representativas têm denunciado diariamente a ausência de condições adequadas de trabalho nas unidades da rede pública, onde faltam equipamentos de proteção, medicamentos e outros insumos essenciais para o combate à pandemia. O governo, em sua prepotência, simplesmente nega. Há também fundadas dúvidas quanto à veracidade de informações prestadas pelo governo e à correção dos gastos com compras emergenciais e instalação de hospitais de campanha, inclusive contestações em relação à eficácia duvidosa dos testes sorológicos contratados sem licitação e aplicados indiscriminadamente. Em nenhum momento, apesar da disponibilidade de verba, o governo do Distrito Federal realizou campanhas educativas e ações de comunicação eficientes e criativas para informar a população sobre os riscos da pandemia e as medidas necessárias para enfrentá-la, assim como para mobilizar os cidadãos para o combate ao covid-19. O governo limitou-se à propaganda formal e à habitual exaltação de obras, em claro desprezo às suas responsabilidades perante a população. O governador Ibaneis Rocha, infelizmente, submeteu-se a pressões de empresários insensíveis, políticos irresponsáveis e do presidente da República adepto da necropolítica para acelerar a retomada prematura de atividades econômicas e minimizar a pandemia. Reage com arrogância às críticas e às corretas ações dos Ministérios Públicos do DF, de Contas e do Trabalho. Quem paga por isso são os brasilienses, a cada dia mais sujeitos à contaminação pelo vírus enquanto a rede pública de saúde está próxima do colapso. Embora não seja possível voltar atrás e impedir as contaminações e as mortes que lamentavelmente já aconteceram, ainda haveria tempo para o governo do DF corrigir os rumos equivocados e conter a expansão de casos e o aumento do número de mortos. Mas as últimas declarações autoritárias e ações irresponsáveis do governador, porém, indicam que ele persistirá nos erros. O governador Ibaneis Rocha demonstra ainda sua falta de sensibilidade e de empatia ao dizer que "não adianta querer colocar nas minhas costas o sofrimento dos outros" e que nada pode fazer diante do aumento de casos. Pois afirmamos que o governador Ibaneis Rocha e o presidente Jair Bolsonaro, a continuarem unidos na ignorância e na irresponsabilidade, serão os maiores responsáveis pela tragédia que assola o Distrito Federal e o Brasil. Este é um manifesto de cidadãs e cidadãos do Distrito Federal em defesa do isolamento social, da saúde e da vida, que não podem estar sujeitas a atitudes que desprezam a ciência e servem a interesses políticos e econômicos. > "Morra quem morrer", diz prefeito ao anunciar reabertura do comércio
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Brasília DF gdf isolamento Ibaneis covid-19 pandemia isolamento social casos de covid-19 Ibaneis Rocha (MDB) pandemia covid-19 Manifesto pela Vida

Temas

Saúde
ARTIGOS MAIS LIDOS
1

Luiz Alberto dos Santos

Os descontos indevidos dos aposentados e a responsabilidade do Estado

2

Vander Loubet

Do verniz da paz ao cotidiano do ódio

3

Thiago Coacci

Quem financia as políticas públicas LGBTI+ no Brasil?

4

André Godoy e Marcelo Barbosa Saintive

Fundo de Desenvolvimento Regional terá papel central na Reforma Fiscal

5

Amarilis Costa

A CPI das Bets e o espetáculo da inocência branca

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES