Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
20/1/2021 | Atualizado às 17:38
Foto: Reprodução[/caption]
No início da pandemia, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que entre outras atividades produz a vacina de Oxford no Brasil, já havia recomendado que não houvesse o tratamento de covid-19 com doses altas de cloroquina - o que pode estar se repetindo agora. "Os resultados apresentados servem como um alerta, oferecendo evidências mais robustas para protocolos de tratamento da covid-19", explicou à época o pesquisador Marcus Vinícius Lacerda.
Já em abril de 2020, a Fiocruz alertava que nenhum estudo havia até então garantido a segurança do uso. Mesmo hoje, em janeiro de 2021, não há nenhuma garantia de que o uso de cloroquina e dos outros remédios receitados pelo Ministério da Saúde trouxessem resultado.
[caption id="attachment_477100" align="alignnone" width="797"]
Teste já entrega receita de suposto "tratamento precoce" a médicos. Foto: Reprodução[/caption]
Questionado, o Ministério da Saúde disse apenas que "orienta opções terapêuticas disponíveis na literatura científica atualizada e oferece total autonomia para que o profissional médico decida o melhor tratamento para o paciente, de acordo com cada caso", ignorando o fato de que não há literatura científica que endosse o uso do coquetel.
O TrateCOV é uma ferramenta criada para auxiliar médicos na coleta de sintomas e sinais de pacientes e que está em fase de testes em Manaus, afetada por uma segunda onda de covid-19 nas últimas semanas e alvo de uma campanha presencial do ministro Pazuello pelo uso dos remédios ineficazes. "A expectativa é disponibilizar o sistema para todo o país de forma gradual", disse o Ministério.
A Associação Médica Brasileira informou que reitera à sociedade e aos médicos do país que as melhores evidências científicas demonstram que nenhuma medicação tem eficácia na prevenção ou no "tratamento precoce" para a covid-19.
"Atualmente, aliás, as principais sociedades médicas e organismos internacionais de saúde pública não recomendam o tratamento preventivo ou precoce com medicamentos, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), entidade reguladora vinculada ao Ministério da Saúde do Brasil. Só as vacinas têm o potencial de combater a covid-19 grave, evitando internações hospitalares, necessidade de oxigenioterapia, admissões em unidades de terapia intensiva e óbito", diz a nota enviada pela entidade.
Pouco depois do meio-dia, o formulário estava fora do ar. Ele ainda pode ser acessado em uma página própria do Ministério da Saúde, por meio de aba anônima do navegador.
> Atraso em insumos faz Fiocruz adiar entrega de vacinas para março
> Deputados pró-cloroquina agora tentam colar imagem de Bolsonaro à vacina

Tags