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Congresso em Foco
24/3/2019 | Atualizado às 10:58
>> Casal gay relata espera de dez anos para ter direito a adotar
Entre os críticos do casamento gay está o presidente Jair Bolsonaro e, certamente, a maior parte de seu eleitorado, considerado mais conservador. No Congresso há projetos de lei que pretendem impedir a adoção por casais homossexuais. "Sabemos que, no nosso caso é só o começo. Mas é um pedaço de papel que ninguém pode tirar de nós, mesmo com esse governo. A gente vai resistir com bastante amor e luta por famílias LGBT e todas as famílias em geral", diz o deputado. David Miranda conta que há cinco anos queria ser pai. Demorou dois anos e meio para convencer o parceiro da ideia. Daí em diante, segundo ele, o processo foi rápido. Em nenhum momento, explicou, percebeu alguma discriminação ou resistência em razão da orientação sexual. Como qualquer casal, eles passaram por um processo que envolvia reuniões com psicólogos, assistentes sociais e contato com outros pais adotivos. Após a aprovação do processo pela Vara da Infância no Rio, os dois entraram no chamado cadastro de busca ativa. Procuravam por um menino de três a nove anos, de qualquer canto do país, com possibilidade de adoção também de um irmão. Fila de adoção No Brasil, onde cerca de 8 mil crianças aguardam por novos pais e por um novo lar, a resposta foi rápida. Um mês depois, eles já tinham o primeiro contato virtual com os dois meninos alagoanos. Passados mais dois meses, estavam todos morando juntos no Rio. David conta que o casal não enfrentou dificuldade ao longo do processo e que as crianças jamais questionaram o fato de terem dois pais e nenhuma mãe. "Explicamos a situação para eles. Lemos livros, nunca houve questionamento. Eles nos chamam de pai David e pai Glenn." Desde que assumiu o mandato em Brasília, em fevereiro, David passa metade da semana longe dos filhos. Os dois só vieram à capital para o dia da posse de David. "Não dá para faltarem à escola. Eles sabem que têm esse compromisso com os estudos", afirma. As crianças estudam em uma escola bilíngue, em período integral. Também já conseguem se comunicar em inglês, língua nativa de Glenn e mais usada nos diálogos em casa pelo casal. "O colégio onde estudam é progressista. Os meninos não têm problema algum em relação a serem nossos filhos. Há outras crianças adotadas que são amigas delas. É supertranquilo", diz o deputado, que conta que é o mais durão entre os dois pais. Caso Snowden Assim como o marido, David, de 33 anos, também é jornalista. Ele apareceu no noticiário pela primeira vez, como objeto de reportagem, em agosto de 2013, quando foi detido por policiais no aeroporto de Londres ao tentar embarcar de volta para o Brasil. Interrogado e mantido incomunicável por nove horas, teve confiscados telefone, computador, câmera e outros objetos pessoais. A polícia alegou que ele era suspeito de terrorismo. A detenção foi considerada uma represália ao marido de David. Dois meses antes Glenn havia publicado, pelo jornal britânico The Guardian, em parceria com Edward Snowden, a existência dos programas secretos de vigilância global dos Estados Unidos, efetuados pela sua Agência de Segurança Nacional. Snowden, que hoje vive exilado, havia trabalhado para agência e contou, no caso do Brasil, que grandes empresas como a Petrobras e a então presidente Dilma haviam sido espionadas.Temas
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