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Trump 2025: um retorno que ameaça muito mais que apenas os EUA

A volta de Trump é a instalação de um novo paradigma, com implicações profundas para a democracia americana, a economia global e a estabilidade internacional.

Luiz Carlos Mendonça de Barros

Luiz Carlos Mendonça de Barros

2/6/2025 8:42

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Há quem veja a volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2025 como apenas mais um episódio da tradicional alternância de poder entre democratas e republicanos. Isso é um erro e dos mais perigosos. O Trump que reassumiu o cargo há cerca de 180 dias não é o mesmo de 2017. Agora, é um líder com um projeto claro, ideológico e radical. E esse projeto ameaça não apenas a política americana, mas também os pilares da ordem econômica e diplomática global.

Trump e o boné com seu lema eleitoral:

Trump e o boné com seu lema eleitoral: "Make America Great Again".Daniel Torok/Casa Branca

Um dos maiores riscos de seu novo governo está justamente na agenda econômica de viés populista. Promessas simplistas, embaladas em discursos agressivos e emocionalmente sedutores, escondem propostas com alto potencial destrutivo. É o caso do plano de instituir um sistema tarifário de abrangência global apresentado como solução mágica para os déficits comercial e fiscal dos EUA.

À primeira vista, a ideia pode soar atraente: proteger a indústria nacional, reduzir importações e fortalecer a economia doméstica. Mas essa simplicidade é ilusória. A proposta ignora as engrenagens delicadas da economia global, construídas ao longo de mais de cinquenta anos com base em acordos multilaterais, experiências acumuladas e ajustes sucessivos. Romper com isso de forma abrupta ainda mais partindo da maior economia do planeta é, no mínimo, uma receita para uma crise global...

Prova disso é o vaivém errático das tarifas decretadas por Trump nos últimos 90 dias, que provocaram uma quase paralisação do comércio internacional. Segundo revelou recentemente um repórter do Financial Times, o mercado financeiro global passou a se referir ao atual presidente americano como TACO acrônimo, em inglês, para líderes que estão constantly turning around (voltando atrás constantemente) em suas decisões públicas.

Os reflexos dessa instabilidade já são visíveis. As importações americanas caíram mais de 20% em abril tendência que deve se repetir em maio. No setor de bens eletrônicos, por exemplo, os EUA dependem de importações para mais da metade de seu consumo. O impacto nas cadeias produtivas globais é imediato e profundo.

Mais do que prejudicar parceiros comerciais, esse tipo de medida ameaça desorganizar toda a economia mundial, minando os fundamentos que sustentaram o crescimento dos próprios Estados Unidos nas últimas décadas. Trata-se de uma ruptura unilateral com um sistema baseado em previsibilidade, cooperação e estabilidade princípios que, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, garantiram prosperidade à ordem liberal internacional.

Trump, ao contrário do que muitos imaginam, não representa o conservadorismo republicano clássico, inclusive na política fiscal. Ele rompe com essa tradição ao adotar uma postura autoritária, personalista e de confronto. O lema Make America Great Again já não é apenas um slogan, mas sim a expressão de uma doutrina nacionalista que glorifica a força econômica e despreza as instituições.

Ignorar essa mudança é subestimar uma das maiores inflexões políticas da história recente. A volta de Trump não é apenas mais um turno eleitoral: é a instalação de um novo paradigma, com implicações profundas para a democracia americana, para a economia global e para a estabilidade internacional

O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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