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Mariana Londres
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Mariana Londres
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Eleições 2026
23/9/2025 11:00
Em dezembro do ano passado, a violência passou a economia e se tornou o tema de maior preocupação entre os eleitores brasileiros, segundo as pesquisas da Genial/Quaest. O crescimento mostra que o assunto estará presente nas campanhas pelo Brasil, tanto nas eleições presidenciais quanto nas disputas dos governos estaduais e para o legislativo. A última pesquisa Quaest, divulgada na semana passada, confirma a tendência de crescimento da preocupação.
A violência portanto, deve dominar o debate em 2026, mas tende a não ser o fator definidor das eleições. Historicamente, indicadores econômicos são mais preponderantes em eleições nacionais, já que inflação e desemprego são identificados pelos eleitores como responsabilidades do presidente da República.
Na disputa presidencial, na segurança pública, governadores de oposição pretendem usar críticas à inação do governo Lula na área como trunfo de campanha. Já o Executivo tem como argumento o envio da PEC da Segurança Pública ao Congresso em abril. O texto patina porque não empolgou a ala majoritária do parlamento até o momento.
Elaborada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Ricardo Lewandowski, a proposta pretende reforçar a atuação do governo federal na área, estabelecendo diretrizes mínimas a serem seguidas por órgãos de segurança de todo o País. Os governadores temem interferência na autonomia dos estados, algo que o governo federal nega.
Alçado como o principal adversário de Lula em 2026, apesar de não ter lançado candidatura presidencial, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), terá o desafio de reagir ao assassinato do delegado Ruy Ferraz, supostamente morto por uma facção criminosa. A forma como os candidatos à presidência irão comunicar o que foi feito pela segurança pode não definir o resultado da eleição, mas certamente irá pesar na decisão dos eleitores.
A consultoria Fatto Inteligência Política reuniu em um relatório os principais pontos que devem ser explorados nas eleições na Segurança Pública:
Segurança pública é o assunto da década na América Latina, que tem taxas de homicídios muito acima das médias globais e de outros continentes. Diante disso fica claro que gestores públicos precisam endereçar soluções para essas questões.
O Brasil não foge à regra, com taxas de homicídios, o indicador mais clássico de Segurança Pública, até maiores que as da região. No entanto, desde 2017, o país vem diminuindo seus índices de violência, sejam os de homicídios, de roubos, de feminicídio, etc.
Entre 2017 e 2024, por exemplo, houve uma redução de 37% nos números de homicídio. Todos os estados melhoraram seus indicadores, mas ainda há bastante variação regional nos indicadores de violência. Estados nordestinos estão entre os mais violentos, enquanto os do Centro-Sul entre os mais seguros.
Historicamente, eleitores responsabilizam os governadores pela violência, que constitucionalmente são os responsáveis pela segurança. No entanto, com o aumento da polarização, há a tese de responsabilização do Executivo federal pela criminalidade. Essa tese, por enquanto, carece de comprovação.
Na eleição presidencial do próximo ano, a segurança pública deve ser um dos temas mais discutidos, especialmente pela presença na disputa presidencial de governadores de centro-direita, que conseguiram melhorar seus indicadores, na maioria das unidades da federação.
O tema da segurança pública deve ser relevante na corrida presidencial, mas não definidor. A literatura mostra que indicadores econômicos são mais preponderantes em eleições nacionais, já que inflação e desemprego são identificados pelos eleitores como responsabilidades do presidente da República.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
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