Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
sábado, 24 de maio de 2025
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. A irresponsabilidade de um derrotado | Congresso em Foco
[Erro-Front-CONG-API]: Erro ao chamar a api CMS_NOVO.

{ "datacode": "BANNER", "exhibitionresource": "COLUNA_LEITURA", "assettype": "CO", "articlekey": 29689, "showDelay": true, "context": "{\"positioncode\":\"Leitura_Colunas_cima\",\"assettype\":\"CO\",\"articlekey\":29689}" }

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Robson Carvalho

Como a política e a psicanálise se relacionam?

Robson Carvalho

A relação Brasil-China na era Trump

Robson Carvalho

A presença da Ebserh no desenvolvimento da saúde pública no Brasil

Robson Carvalho

Impactos da eleição de Trump para o Brasil e o mundo

Robson Carvalho

Em entrevista, Paulo Teixeira destaca importância do pequeno produtor rural

Opinião

A irresponsabilidade de um derrotado

O tempo é curto e não podemos permitir que a irresponsabilidade de um derrotado e de seus seguidores acéfalos continue a prejudicar o Brasil.

Robson Carvalho

Robson Carvalho

11/11/2022 | Atualizado 9/2/2024 às 16:17

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA

Parlamentares da oposição na Câmara não enxergam a inelegibilidade de Bolsonaro como uma ameaça de curto ou longo prazo para o bloco. Foto: Isac Nóbrega/PR

Parlamentares da oposição na Câmara não enxergam a inelegibilidade de Bolsonaro como uma ameaça de curto ou longo prazo para o bloco. Foto: Isac Nóbrega/PR
Saber perder, aceitar a derrota com resiliência, respeito e responsabilidade, não é para qualquer um. Mas, há que se pontuar que, uma coisa é um perdedor em um jogo de dominó, numa mesa de bar, não aceitar a derrota e "virar a mesa". Outra coisa é a - ainda - autoridade política máxima do país silenciar de uma maneira a dar margem a uma parte da população se sentir autorizada a promover questionamentos e não-aceitação do resultado das urnas. Pior ainda, depois de um silêncio fúnebre e depressivo, ou por que não dizer, frio e calculista, vir a público e não reconhecer o resultado, mesmo diante de um caos instalado no país. Sim, foi instaurada a comissão de transição para o cumprimento da lei, mas, não houve o explícito, protocolar e importante reconhecimento, que poderia, se houvesse grandeza desse líder político, colaborar com o início da pacificação do país. O silêncio premeditado endossou e animou conspirações e atitudes práticas contra a própria democracia que têm perdurado há quase duas semanas pós-eleição, embora tenham diminuído. E, aqui, uma palavra de alerta à importância da não naturalização dessas manifestações, que o são, por sua natureza, forma e conteúdo, manifestações criminosas. Por mais que pareçam, em alguns momentos a ensejarem um distúrbio ou esquizofrenia coletiva, que remetem a uma doença social, um estado de delírio coletivo, são, repito, criminosas. Pois atentam contra o Estado Democrático de Direito, contra a Constituição, contra as Leis e a Justiça Eleitoral, contra a vontade da maioria nas urnas. A situação é tão grave que transpõe a falta de educação e o péssimo exemplo que deixam de herança às novas gerações. É vergonhoso ver eleitos por diversos partidos, inclusive pelo PL, partido do ainda presidente, se posicionarem em favor de um golpismo oportunista e alucinante, como no caso do deputado federal "General Girão" reeleito pelo RN e do próprio vice-presidente da República, "general Mourão", agora eleito senador. É ridículo observar o comportamento de zumbis que vivem em uma realidade paralela e se imaginam combatendo as fantasias do Brasil virar uma Venezuela e os falsos fantasmas do comunismo. É repugnante ver alguns pastores e padres perseguirem os fiéis, corromperem os altares sagrados e expulsarem o próprio Cristo das igrejas, colocando em lugar de veneração o ainda presidente da República, que tem ocupado espaços, em muitos templos do Brasil, mais do que o próprio Deus. É horrendo esse comportamento fascista, de perseguir e incitar a perseguição aos adversários políticos individual ou coletivamente, nos estabelecimentos comerciais, nas associações, ou templos religiosos. A História nos mostra que a interseção das fronteiras entre Estado e Religião é danosa à humanidade e se configura como ingrediente em uma receita de fundamentalismos extremistas, como se observa em vários exemplos no mundo. Igualmente, é perigosa a mistura e envolvimento direto de parcela de policiais, sejam eles estaduais ou federais e de membros das Forças Armadas com a política, em detrimento de suas funções de Estado. Claramente, há nesse meio os que entenderam a gravidade do que representou a eleição deste governo que está chegando ao fim, especialmente depois dessa histeria coletiva, assim como há os completamente alienados, muitas vezes embriagados pelas fake-news, além dos bobos da corte que se deixam utilizar como massa de manobra. E há, talvez, a pior espécie dentre os que compõem as manifestações antidemocráticas: aqueles que sabem exatamente o que estão fazendo, participam e até financiam o golpismo para tentar se beneficiar criando dificuldades para vender facilidades. Vale destacar ainda, que toda a articulação passa pelas empresas privadas de comunicação, que são extrangeiras e como tais têm seus próprios interesses: as empresas de redes e mídias sociais, que servem de plataforma a esse estado de devaneios e atentados contra a democracia, não só no caso do Brasil, mas, em várias partes do mundo onde a extrema-direita tem tentado, alcançado, ou alcançado e perdido o poder. De fato, as urnas partiram o Brasil quase exatamente ao meio. Mas, nem tudo são trevas, como nem todos os 49% que votaram no candidato derrotado compactuam ou apoiam tais atitudes que acabamos de enumerar. Uma parte, na verdade, nem é formada por bolsonaristas, mas, por antipetistas e mesmo assim aceitaram o resultado; outros tantos, ficaram silentes ou arrependidos por ver a queda das máscaras e os comportamentos de ataque à democracia. Esperamos que depois do golpe de misericórdia dado pelo relatório final das Forças Armadas, que jamais deveriam ter participado do pleito eleitoral, pois nada têm a ver com suas funções de Estado, quaisquer suspeitas estúpidas e conspiracionistas que ainda desejem questionar o pleito para alimentar a baderna antidemocrática, sejam sepultadas, sob pena de responsabilização dos CPF's e CNPJ's envolvidos, como manda a lei. Finalmente, há que se ter muito cuidado com o "terceiro turno" que tentam instalar no país, o que cria muitas dificuldades para se trabalhar a união do povo brasileiro. Não temos a ilusão de que essa será uma tarefa fácil ou mesmo que será exequível, mas, mantidas essas radicalizações baseadas em fantasias ideológicas, ficará complicado voltar a discutir com seriedade o Brasil e seus problemas reais, como a fome, a miséria, a educação, a saúde, a geração de energia, criação de empregos e a infraestrutura, dentre tantas outras questões urgentes. O tempo é curto e não podemos permitir que a irresponsabilidade de um derrotado e de seus seguidores acéfalos continue a prejudicar o Brasil. O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para redacao@congressoemfoco.com.br. Outros artigos de Robson Carvalho.
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

vídeo Jair Bolsonaro Opinião robson carvalho

Temas

País Colunistas Coluna Eleições
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Poder Legislativo

Um Parlamento mais forte e mais representativo?

2

ECONOMIA

O dia em que Wall Street dobrou Trump

3

GOVERNO DO BARULHO

Big, beautiful, brutal: o orçamento MAGA 2025

4

saúde pública

Resolução do CFM nega a ciência e coloca vidas trans em risco

5

Sistema Político

Crise no presidencialismo de coalizão ameaça a governabilidade

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES