Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. O sindicalismo deve participar do processo eleitoral? | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Antônio Augusto de Queiroz

A federação partidária como estratégia para ampliar bancadas na Câmara

Antônio Augusto de Queiroz

Crise no presidencialismo de coalizão ameaça a governabilidade

Antônio Augusto de Queiroz

O papel central do relator no projeto do Imposto de Renda

Antônio Augusto de Queiroz

O escândalo do INSS e suas consequências

Antônio Augusto de Queiroz

Um cenário de otimismo cauteloso para o governo e o Brasil em 2025

O sindicalismo deve participar do processo eleitoral?

Antônio Augusto de Queiroz

Antônio Augusto de Queiroz

27/4/2014 10:00

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA
O movimento sindical, como um dos mais importantes agentes políticos e sociais do país, tem a obrigação de participar ativamente do processo eleitoral, afinal de contas estão em disputa projetos de governo e de poder que afetam positiva ou negativamente seus representados. Não pode nem deve se omitir desse debate, sob pena de negligenciar a defesa dos interesses dos assalariados - trabalhadores do setor privado, servidores públicos e aposentados e pensionistas - e dos direitos trabalhistas, sindicais e previdenciários da classe trabalhadora, entre outros. Aliás, uma das missões da organização sindical é exatamente a politização - de forma constante e sempre visando à consciência política - da classe trabalhadora. Deve, todavia, ter o cuidado de não partidarizar o movimento, porque, além de dividir os trabalhadores, a entidade sindical que age orientada exclusivamente por partido político pode perder sua capacidade classista na ação sindical e até afugentar os trabalhadores da entidade. O setor patronal e o mercado financeiro apoiam candidatos identificados com seus pleitos inclusive com financiamento de campanha. E entre os pleitos deles estão a flexibilização ou precarização de direitos, a redução de direitos previdenciários e a fragilização do movimento sindical. Frente a esse quadro, por que os sindicatos de trabalhadores e servidores não deveriam apoiar candidatos? É verdade que a legislação proíbe doação de campanha por entidade de classe, mas o apoio não se limita às doações. Existem várias formas de apoiar e defender os candidatos pró-trabalhadores. Se, em circunstâncias normais, os trabalhadores e suas entidades deveriam apoiar e fazer campanha para candidatos identificados ou oriundos do movimento sindical, por que deixariam de fazê-lo numa eleição em que a investida neoliberal sobre seus direitos estão prenunciados? As entidades sindicais, que são instituições eminentemente políticas e de formação social, têm de participar do processo eleitoral sim. Elas, embora devam priorizar o atendimento das demandas, pleitos e reivindicações de seus associados, devem atuar em favor de políticas públicas e do processo democrático, que vão além da luta meramente corporativa no local de trabalho. Nunca é demais lembrar que as lideranças sindicais e suas entidades lutam contra algo (ação reativa) ou a favor de algo (ação propositiva) e o fazem em várias dimensões e instâncias nas quais temas de interesse da classe trabalhadora estejam em debate ou dependam de deliberação. Nesse sentido, o processo eleitoral é fundamental porque é nele que, simultaneamente, se elegem os representantes e se definem os projetos e programas de governo. Ou seja, é o momento da legitimação de propostas e programas ou diretrizes a serem implementadas pelos futuros legisladores e governantes e não podemos, por omissão, permitir que propostas contra os interesses dos trabalhadores sejam referendadas pelas urnas. Logo, a participação dos trabalhadores, dos militantes e dirigentes sindicais no processo eleitoral, mais do que um dever cívico e moral, é uma necessidade para exigir compromisso programático dos candidatos com as causas sociais de interesse da classe trabalhadora, no período de campanha, e prestação de contas, quando do exercício do mandato. A política de recuperação do salário mínimo, por exemplo, só terá perspectivas de renovação a partir de 2016, se estiver explicitada no programa eleitoral do próximo ou próxima presidente da República, assim como a redução da jornada e a mudança do fator previdenciário. Por tudo isso, a participação no processo eleitoral do movimento sindical, de forma suprapartidária e com unidade de ação em torno dos temas comuns, será não apenas uma necessidade e uma tarefa fundamental, como uma questão de sobrevivência política do movimento. Leia mais sobre sindicatos Mais sobre eleições 2014 Outros textos sobre direitos trabalhistas Nosso jornalismo precisa da sua assinatura  
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

serviço público Eleições 2014 sindicalismo iniciativa privada sindicatos direitos previdenciários

Temas

País
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Fascismo 4.0

Democracia indiferente e fascismo pós-algoritmos

2

Comunicação e justiça

Liberdade de acesso à informação ou palanque midiático?

3

Política ambiental

Política ambiental: desmonte, reconstrução e o papel do Congresso

4

Política internacional

Trump: a revolução que enfrentou os limites da realidade

5

Intolerância

Quando se ataca um povo, fere-se toda a humanidade

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES