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SÃO PAULO
Congresso em Foco
22/7/2025 17:31
Deputados estaduais do Psol apresentaram à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) um pedido de impeachment contra o governador Tarcísio de Freitas. A iniciativa tem como base a reação do governador à tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Segundo os parlamentares, Tarcísio teria apoiado a medida e demonstrado alinhamento com interesses estrangeiros.
Em 9 de julho, após o anúncio do pacote tarifário de Trump, Tarcísio criticou o Governo Federal, afirmando que "o governo Lula não entendeu ainda que ideologia e aritmética não se misturam". Ele também entrou em contato com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sugerindo a liberação do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro para que ele negociasse com a Casa Branca, proposta que não vingou.
Após críticas, o governador defendeu cooperação entre os governos estadual e federal e buscou representantes consulares dos Estados Unidos para buscar uma alternativa às taxas, mas a oposição entendeu a manifestação inicial como apoio à decisão de Trump.
A decisão de acatar ou não pedidos de impeachment envolvendo o governo do Estado de São Paulo cabe ao presidente da Alesp, André do Prado (PL).
Argumentos da bancada
No documento, os deputados afirmam que o chefe do Executivo estadual participou de "articulação ou exaltação a decisões de autoridades estrangeiras que impactam sobremaneira o Brasil como um todo e o estado de São Paulo". O grupo defende que essa atuação extrapola as competências legais do cargo e fere a ordem constitucional.
Ainda segundo o pedido, o governador teria "endossado a chantagem de Donald Trump contra o Poder Judiciário brasileiro, articulada por meio do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro". Os autores do documento afirmam que esse comportamento configura crime contra a segurança interna e desrespeita o princípio da separação dos poderes.
Em manifesto pelo impeachment do governador, a líder do Psol na Alesp, Mônica Seixas, sustenta que Tarcísio "feriu a soberania nacional quando decidiu fazer média com governo estrangeiro para atacar o Brasil" e que "incentivou pressões internacionais" contra o Supremo Tribunal Federal. Ela classifica o episódio como "um atentado direto à democracia".
A bancada também menciona o contato com ministros como uma tentativa de interferência na Suprema Corte. "Tarcísio tentou impedir, com pressão política e institucional, o cumprimento de uma decisão do STF que determinava a apreensão do passaporte de um investigado", diz o texto. Para o Psol, o episódio revela uso indevido do cargo para proteger aliados políticos.
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