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Guerra comercial
Congresso em Foco
22/7/2025 16:17
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), anunciou nesta terça-feira (22) a criação de um comitê no Estado para acompanhar os impactos diretos das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Sob coordenação do vice-governador (PSDB), o grupo de trabalho terá participação das secretarias estaduais e de instituições capixabas.
"Vamos criar esse comitê para analisar todas as decisões e medidas adotadas pelo Governo Federal em resposta às tarifas impostas pelo governo norte-americano. Será importante também para a gente conversar com os setores afetados com o objetivo de proteger as suas atividades no Espírito Santo, bem como dos empregos gerados e a ação dos empreendedores", explica o governador.
Segundo Renato Casagrande, serão analisados os efeitos das tarifas sobre a economia do Estado. Ele aponta ainda a possibilidade de adotar medidas para conter despesas. O impacto tarifário da taxação de 50% anunciada pelo presidente americano Donald Trump preocupa o setor produtivo do Espírito Santo.
Conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Estado será o segundo mais afetado por essas tarifas, com 28,5% de suas exportações direcionadas aos Estados Unidos, ficando atrás apenas do Ceará, que possui 44,9% de suas exportações destinadas para esse mercado. Os principais itens exportados pelo Espírito Santo são: rochas ornamentais, aço, papel e celulose, além de produtos do agro como café, frutas, gengibre e macadâmia.
"O tarifaço imposto é muito ruim para o Brasil, para os brasileiros e muito ruim especialmente ao Espírito Santo. Somos uma das economias mais dependentes do comércio exterior, com um grau de abertura que é o dobro da média dos estados brasileiros. Estamos constituindo esse grupo de trabalho para estarmos bem próximos aos segmentos produtivos, para entender com precisão e clareza esse impacto e definir as medidas que poderemos adotar para mitigar efeitos", observa o vice-governador e coordenador do comitê.
Ricardo Ferraço defende ainda a união entre o governo e o setor privado a fim de identificar alternativas para estancar os efeitos econômicos da tarifa. "Sobretudo na manutenção dos empregos e das oportunidades que todos esses segmentos geram para economia do Espírito Santo. Segmentos que são grandes recolhedores de impostos e que contribuem e muito para financiar as nossas políticas sociais", destaca.
Além de ouvir os setores afetados, por meio de diálogo aberto com o setor produtivo atingido pela taxação anunciada para 1º de agosto,será avaliado como essas medidas influenciam a economia do governo estadual e das prefeituras. Por essa razão, avalia-se também a implementação de ações preventivas.
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