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ECONOMIA

Imposto de Renda: entenda a isenção para quem ganha até R$ 5 mil

Projeto apresentado pelo governo prevê faixa estendida de isenção do IR e tributação sobre grandes fortunas.

Congresso em Foco

9/9/2025 7:30

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Item prioritário para o Planalto na agenda econômica de 2026, a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil foi uma das principais promessas eleitorais do presidente Lula em 2022. O projeto, apresentado em março, poderá ser votado em breve na Câmara dos Deputados. O texto possui requerimento de urgência aprovado, bem como parecer favorável em comissão especial criada para sua análise. Na segunda-feira (8), o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) chegou a anunciar seu compromisso para que seja incluído em pauta.

A proposta, relatada por Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, modifica a estrutura de cobrança do IR. A intenção é ampliar o número de pessoas isentas e criar novas faixas de contribuição para rendas elevadas. De acordo com estudo do Dieese citado no projeto, o número de brasileiros isentos do imposto poderá dobrar, passando de 10 milhões para 20 milhões. Se o texto for aprovado neste ano, poderá entrar em vigor em 2026.

Reforma do Imposto de Renda tramita em regime de urgência na Câmara.

Reforma do Imposto de Renda tramita em regime de urgência na Câmara.Joédson Alves/Agência Brasil

Além da isenção completa para quem recebe até R$ 5 mil, o projeto prevê uma redução parcial para valores mensais de até R$ 7.350,00. A cobrança, originalmente prevista para R$ 7 mil mas estendida pelo relator para aumentar o número de beneficiários, será aplicada de forma progressiva. Essa faixa intermediária deve atingir aproximadamente 16 milhões de brasileiros. A redução parcial será aplicada diretamente na fonte, incluindo o décimo terceiro salário.

Tributação das altas rendas

O texto prevê novas regras para contribuintes de renda muito elevada. A primeira delas é a chamada tributação mínima do IR, que funciona como um piso para quem ganha mais de R$ 600 mil por ano (cerca de R$ 50 mil por mês). Essa tributação começa em zero e sobe de forma progressiva até 10% para quem ultrapassa R$ 1,2 milhão por ano.

Além disso, o projeto determina que dividendos pagos por empresas a pessoas físicas residentes no Brasil, quando superiores a R$ 50 mil por mês, terão retenção de 10% na fonte. Isso significa que grandes investidores, que hoje não pagam nada sobre esse tipo de rendimento, passarão a contribuir. Dividendos enviados para o exterior também terão alíquota de 10%, com exceções para remessas a governos estrangeiros (com reciprocidade), fundos soberanos e entidades responsáveis por benefícios previdenciários.

O texto prevê ainda um mecanismo para evitar excessos. A regra estabelece um teto de 34% para a carga tributária total sobre lucros, somando o imposto pago pela empresa e o que é cobrado do beneficiário. Esse redutor busca evitar a chamada "dupla tributação" e alinhar o modelo brasileiro às práticas internacionais. O teto aumenta para 40% para seguradoras, empresas de capitalização e algumas instituições financeiras específicas. Para bancos em geral, será de 50%.

Ressarcimento federativo

A mudança no modelo de isenção afetará diretamente a arrecadação do Imposto de Renda retido na fonte sobre salários de servidores públicos. Como esse imposto, embora federal, é recolhido por estados, municípios e o Distrito Federal, esses entes poderão perder receita.

Para cobrir essa diferença, a União terá de ressarcir os valores não arrecadados. O cálculo será feito anualmente, comparando a receita que seria obtida com a regra antiga e o montante efetivamente recolhido com as novas faixas. A fórmula de compensação será definida por regulamentação do Poder Executivo.

O relator calcula que a arrecadação extra vinda da tributação das rendas mais altas deve gerar um superávit de R$ 12,27 bilhões no período entre 2026 e 2028, valor que será utilizado para fazer esse ressarcimento.

Veja a íntegra do relatório de Arthur Lira.

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