![Câmara deverá votar piso salarial de R$ 4,5 mil para cada 6h de trabalho para enfermeiros. Demanda ganhou força na pandemia.[fotografo] Erick Mota / Congresso em Foco [/fotografo] Câmara deverá votar piso salarial de R$ 4,5 mil para cada 6h de trabalho para enfermeiros. Demanda ganhou força na pandemia.[fotografo] Erick Mota / Congresso em Foco [/fotografo]](https://static.congressoemfoco.com.br/2020/02/WhatsApp-Image-2020-02-03-at-15.42.08.jpeg) 
 
Câmara deverá votar piso salarial de R$ 4,5 mil para cada 6h de trabalho para enfermeiros. Demanda ganhou força na pandemia.[fotografo] Erick Mota / Congresso em Foco [/fotografo]
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 Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (4) o projeto de lei que cria o 
piso salarial de profissionais de
 enfermagem: tanto enfermeiros quanto técnicos e auxiliares. O projeto, que tramita em regime de urgência, também determina o limite de carga horária de 6h diárias para a categoria. A matéria veio do Senado, e foi uma demanda que ganhou força diante da sobrecarga sofrida pelos profissionais de saúde durante a pandemia. O projeto vai à sanção presidencial.
Na votação da urgência, debatida no final de março, o único partido que votou contra a matéria foi a do 
Novo, que entende que o projeto pode comprometer o acesso destes profissionais ao mercado de trabalho. O projeto também enfrenta resistência de entidades filantrópicas e hospitais privados, que temem não ter capacidade de arcar com o custo do piso.
Wolney Queiroz (PDT-PE), líder da oposição, relembrou na tribuna a origem da demanda pelo piso. "Em março de 2020, com o Brasil e o mundo assustados, lockdown instalado, as pessoas preocupadas com a doença, (...) tinha um contingente que não podia ficar em casa, que estava exposto ao profundo estresse e profundo risco: os profissionais de saúde. Foram os dois pilares que sustentaram o Brasil durante a pandemia: o SUS e os profissionais de saúde. (...) Chegou a hora de fazer justiça", declarou.
No mérito, o Novo tornou a orientar contra, e manteve a posição isolada em relação aos demais partidos. "Eu não sei como pode ser boa ideia proibir um enfermeiro ou uma enfermeira se assim o quiser. (...) Se quer ajudar a saúde, pare de taxar o medicamento. É isso que ajuda a saúde. Quando você tabela preço, você gera escassez. Quando você gera preço de serviço, você gera desemprego", justificou o deputado 
Gilson Marques (Novo-SC).
A posição foi logo rebatida por 
Célio Studart (PSD-CE). "Quem trata o salário miserável da enfermagem com ideologia nunca pegou na mão de um enfermeiro, de um técnico, de um auxiliar. (...) Quem vota a favor de dar dignidade, valor e respeito à enfermagem está votando na saúde do povo", declarou. 
Túlio Gadêlha (Rede-PE) já se referiu de forma direta ao Novo. "O Novo não tem compromisso, não tem compromisso com o Brasil. Ele tem compromisso com os seus financiadores de campanha", criticou.
Anteriormente, a Câmara aprovou a Medida Provisória 1094/2021. Esta, já reduz a tributação sobre o serviço de 
leasing: o aluguel de aeronaves por parte de companhias aéreas. A justificativa do governo é que, com isso, se possa baratear o custo do serviço e, consequentemente, de passagens aéreas.
Outro item aprovado em plenário foi o requerimento de urgência do Projeto de Lei 4606/2019, do deputado 
Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), que proíbe alterações, retiradas e acréscimos de trechos da bíblia. O intuito do deputado é impedir que sejam publicadas versões do livro que alterem a percepção sobre pessoas Lgbt+, comunidade condenada pelo parlamentar.