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Congresso em Foco
29/11/2007 | Atualizado às 23:43
Paulo Franco
Único candidato à presidência do PT cuja base não fica no Sudeste do país, o médico Gilney Viana, 62 anos, foi deputado federal (1995/1998) por Mato Grosso, onde já ocupou a presidência estadual do Partido dos Trabalhadores.
Integrante do grupo que coordenou o programa de governo para a área de meio ambiente na primeira eleição de Lula, em 2002, Viana defende o conceito da sustentabilidade sócio-ambiental como fundamento do socialismo petista e da ética socialista.
Sem fazer críticas duras à administração Lula, Viana culpa o Campo Majoritário (agora rebatizado de Construindo um Novo Brasil) do PT por ter, na visão dele, arranhado o patrimônio ético do partido e constrangido o governo.
“O que eles fizeram foi de uma irresponsabilidade política imensa. Levaram o partido ao poder, mas sua capacidade de comando já se esgotou e por isso temos que ter uma outra direção em que nenhuma força seja hegemônica”, afirma o candidato.
Segundo ele, a chapa Militante Socialista defende quatro pontos principais:
1. Recuperar as raízes e os valores petistas que originaram o partido, aproximando a relação com os movimentos sindical, popular, intelectual, e raízes sociais e políticas.
2. Inverter o processo de interferência: em vez de ser influenciado pelo governo, como ocorre hoje, na avaliação do candidato, o PT é que deve influenciar o Executivo.
3. Superar a crise ética, política e ideológica, mobilizando a energia de todos os petistas para que uma tendência ou um único grupo dentro do PT não domine a política interna.
4. Implantar uma concepção de socialismo democrática e sustentável, no modo de agir na sociedade, nos sindicatos e governos.
Críticas ao PAC
Gilney Viana elogia as políticas sociais do governo Lula, mas sugere melhorias na administração. Segundo ele, da mesma forma que o governo Lula avançou em destacar uma parcela do superávit para o Projeto Piloto de Investimento (PPI), é preciso destinar mais recursos desse tipo para as reformas agrária e urbana.
“Não compreendemos que seja lançado um Programa de Aceleração do Crescimento em detrimento de um programa de desenvolvimento sustentável para o Brasil. É um avanço, mas queremos crescer com sustentabilidade para que não se reproduzam os erros do passado”, afirma o candidato, que também se diz preocupado com a atual política de concessões de estradas.
Viana não deve ser um problema para o governo no que diz respeito à política de alianças. Segundo ele, os partidos de centro também podem participar, desde que sob o comando do PT.
“Claro que tem no PMDB, por exemplo, alguns candidatos mais avançados em determinados estados e municípios, mas é muito importante que nós lutemos para construir uma candidatura própria do PT à presidência da república”, conclui.
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