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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Thais Rodrigues
23/3/2021 | Atualizado 21/6/2021 às 11:10
 
 
 Erika Hilton. Foto: Reprodução/Facebook[/caption]
Ana Lúcia compõe o coro das parlamentares que clamam pelo direito de exercer seus mandados com tranquilidade. Junto com ela na audiência pública estavam Carolina Iara, mulher intersexo, travesti, negra, co-vereadora eleita pelo sistema de mandatas coletivas; Erika Hilton, a mulher mais bem votada no Brasil em 2020, negra e travesti. Ambas acusam o estado brasileiro de negligência ao tratar as acusações de violência política.
Iara, assim que a coletiva de que faz parte foi eleita, teve disparos realizados em frente a sua casa por uma suposta arma de fogo. Hilton teve o gabinete invadido após a posse. 
"Tem sido difícil ser parlamentar no Brasil. Nós somos atacadas e perseguidas", afirma Hilton. Ela lembra que a faculdade onde estudou foi alvo de vandalismo. "Pixaram as expressões: Mulher, negra, eleita, morta. Nós vivemos todos os dias com medo". 
A reunião, exclusivamente direcionada às denúncias dos casos brasileiros, foi resultado da articulação das organizações Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA); Criola; Terra de Direitos; Instituto Marielle Franco; Justiça Global; Rede Nacional de Negras e Negros LBGT e o Instituto Raça e Igualdade, que protocolaram o pedido de audiência para visibilizar e reivindicar do governo brasileiro uma atuação coordenada para proteger a vida e os direitos políticos das candidatas eleitas, diante do fenômeno da violência política e eleitoral.
O Estado brasileiro, representado pelos Ministérios das Relações Exteriores e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, disse que está sensível à pauta, recebendo denúncias por meio do Disque 180, número específico para comportar as violências de gênero de toda espécie.  
A secretária Nacional de Políticas para Mulheres, Cristiane Rodrigues Britto disse, também, que a temática é nova e o debate ainda não é amplo. "Projeto Mais mulheres no Poder, é um exemplo de iniciativa para não afastar as mulheres da política; fizemos seminários e campanhas com organismos internacionais". 
Os 30% reservados para candidaturas femininas e do fundo partidário, além do tempo de publicidade em rádio e televisão, como fomento de candidaturas para mulheres na política foi amplamente citado como iniciativas vitoriosas para a equidade de gênero no plenário.
A deputada Rosângela Gomes (REP - RJ) autora do Projeto de Lei 349/2015, que trata sobre o combate à violência política política, disse que o Estado está empenhado e preocupado em proteger suas cidadãs na luta pela igualdade de direitos.
 A prefeita de Bauru, Suellen Rossin, que sofreu ataques racistas em sua candidatura, relatou que as polícias e governantes deram total assistência em seu caso, ao contrário do relatado pelas demais parlamentares presentes na audiência. 
Anielle Franco, irmã da vereadora carioca Marielle Franco e fundadora do Instituto que leva o nome da parlamentar, disse que o assassinato da parlamentar é uma das maiores amostras da negligência do Estado pela vida aquelas pessoas que são defensoras dos Direitos Humanos. 
"Quase 100% das parlamentares negras não realizam qualquer denúncia dessas violências. Denunciar não causa nenhuma segurança, ao contrário". Para ela, a existência das cotas é ineficaz se não houverem medidas de combater às violências. "Se o estado não reconhecer o racismo e a LGBTfobia, o Disque 180 não vai combater a violência e nem a impunidade".
>Aumento de candidaturas trans é resposta a ataques de Bolsonaro, dizem candidatas
Thaís Rodrigues é repórter do Programa de Diversidade nas Redações realizado pela Énois - Laboratório de Jornalismo, com o apoio do Google News Initiative.
 Erika Hilton. Foto: Reprodução/Facebook[/caption]
Ana Lúcia compõe o coro das parlamentares que clamam pelo direito de exercer seus mandados com tranquilidade. Junto com ela na audiência pública estavam Carolina Iara, mulher intersexo, travesti, negra, co-vereadora eleita pelo sistema de mandatas coletivas; Erika Hilton, a mulher mais bem votada no Brasil em 2020, negra e travesti. Ambas acusam o estado brasileiro de negligência ao tratar as acusações de violência política.
Iara, assim que a coletiva de que faz parte foi eleita, teve disparos realizados em frente a sua casa por uma suposta arma de fogo. Hilton teve o gabinete invadido após a posse. 
"Tem sido difícil ser parlamentar no Brasil. Nós somos atacadas e perseguidas", afirma Hilton. Ela lembra que a faculdade onde estudou foi alvo de vandalismo. "Pixaram as expressões: Mulher, negra, eleita, morta. Nós vivemos todos os dias com medo". 
A reunião, exclusivamente direcionada às denúncias dos casos brasileiros, foi resultado da articulação das organizações Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA); Criola; Terra de Direitos; Instituto Marielle Franco; Justiça Global; Rede Nacional de Negras e Negros LBGT e o Instituto Raça e Igualdade, que protocolaram o pedido de audiência para visibilizar e reivindicar do governo brasileiro uma atuação coordenada para proteger a vida e os direitos políticos das candidatas eleitas, diante do fenômeno da violência política e eleitoral.
O Estado brasileiro, representado pelos Ministérios das Relações Exteriores e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, disse que está sensível à pauta, recebendo denúncias por meio do Disque 180, número específico para comportar as violências de gênero de toda espécie.  
A secretária Nacional de Políticas para Mulheres, Cristiane Rodrigues Britto disse, também, que a temática é nova e o debate ainda não é amplo. "Projeto Mais mulheres no Poder, é um exemplo de iniciativa para não afastar as mulheres da política; fizemos seminários e campanhas com organismos internacionais". 
Os 30% reservados para candidaturas femininas e do fundo partidário, além do tempo de publicidade em rádio e televisão, como fomento de candidaturas para mulheres na política foi amplamente citado como iniciativas vitoriosas para a equidade de gênero no plenário.
A deputada Rosângela Gomes (REP - RJ) autora do Projeto de Lei 349/2015, que trata sobre o combate à violência política política, disse que o Estado está empenhado e preocupado em proteger suas cidadãs na luta pela igualdade de direitos.
 A prefeita de Bauru, Suellen Rossin, que sofreu ataques racistas em sua candidatura, relatou que as polícias e governantes deram total assistência em seu caso, ao contrário do relatado pelas demais parlamentares presentes na audiência. 
Anielle Franco, irmã da vereadora carioca Marielle Franco e fundadora do Instituto que leva o nome da parlamentar, disse que o assassinato da parlamentar é uma das maiores amostras da negligência do Estado pela vida aquelas pessoas que são defensoras dos Direitos Humanos. 
"Quase 100% das parlamentares negras não realizam qualquer denúncia dessas violências. Denunciar não causa nenhuma segurança, ao contrário". Para ela, a existência das cotas é ineficaz se não houverem medidas de combater às violências. "Se o estado não reconhecer o racismo e a LGBTfobia, o Disque 180 não vai combater a violência e nem a impunidade".
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Thaís Rodrigues é repórter do Programa de Diversidade nas Redações realizado pela Énois - Laboratório de Jornalismo, com o apoio do Google News Initiative.

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