Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Economista alerta para riscos de novo critério para ICMS de ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

IMPOSTOS

Economista alerta para riscos de novo critério para ICMS de combustíveis

Apesar da expectativa redução dos preços em curto prazo, especialista alerta que o projeto atrasa a queda do valor no longo prazo.

Congresso em Foco

14/10/2021 | Atualizado às 19:28

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Tribunal de contas identificou empreendimentos privados no setor petroleiro em nome de Pires, apontando conflito de interesses. Foto: André Mota Souza/Agência Petrobras

Tribunal de contas identificou empreendimentos privados no setor petroleiro em nome de Pires, apontando conflito de interesses. Foto: André Mota Souza/Agência Petrobras
Com o objetivo de combater o rápido avanço da inflação sobre o preço dos combustíveis, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do projeto de lei de complementar autoria do deputado Emanuel Pinheiro Neto (PTB-MT) que fixa a cobrança do ICMS sobre combustíveis conforme o valor dos últimos dois anos. Apesar de poder resultar em uma redução dos preços em curto prazo, o economista do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais William Bagdhassarian alerta que o projeto atrasa a queda do valor no longo prazo. Bagdhassarian conta que é natural que surjam questionamentos sobre a tributação em cima de combustíveis em um momento em que estes sofrem forte efeito inflacionário. Porém, explica que os impostos não são o principal responsável pelo aumento dos preços. "O grande causador dessa alta da gasolina é uma elevação fora da média no preço do petróleo", afirma. O conteúdo deste texto possui informações publicadas antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, entre em contato com [email protected]. Atualmente, o barril de petróleo se encontra em um valor aproximado de US$83, equivalente a aproximadamente R$460, 25% a mais do que seu valor histórico de US$60. O álcool anidro, também utilizado na fabricação de combustíveis, também está acima de sua média histórica: enquanto seu valor por litro costuma se manter por volta de US$0,50; atualmente se encontra em US$0,70. Além do elevado preço do petróleo, a inflação dos combustíveis é potencializada com a alta do dólar sobre o real. "Quando se juntam esses três componentes, o preço da gasolina realmente fica por volta de mais de R$6,00 o preço do litro. Mas se os preços do petróleo e do álcool anidro voltarem à média histórica, a gasolina chegaria a algo próximo de R$4,50 para o consumidor final", explica. No atual modelo de estabelecimento do ICMS, o preço final dos combustíveis é capaz de acompanhar a queda prevista no valor do barril de petróleo. O mesmo não ocorre se adotados os parâmetros propostos no projeto. "Na prática, a queda no preço da gasolina vai ser muito lenta. Ao invés dela cair para R$4,50 ou R$4,80, ela vai ficar acima de R$5,30 simplesmente porque a medida tomada pela Câmara pode criar uma inércia sobre os efeitos do câmbio em longo prazo", alerta. Bagdhassarian considera legítimo que parlamentares estejam se movimentando para controlar a alta dos combustíveis, mas alerta para o perigo de se adotar soluções sem um estudo apropriado. "É importante termos a noção de que movimentos adotados para tentar resolver a situação de um jeito político sem levar em consideração os aspectos técnicos normalmente levam problemas", defende. Ceticismo no Senado A proposta aprovada na Câmara foi vista com ceticismo pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN), que possui visão próxima da de William Bagdhassarian. "Isso é um paliativo, não uma solução. Está distantíssimo de ser uma solução, principalmente para um país que tem a maior parte de sua produção de petróleo cru já equacionada em seu próprio território, com boa parte dos custos em Real", defende. Para Prates, a reforma no ICMS não apenas pode trazer problemas econômicos a longo prazo, como complicações políticas. "Quando o preço [do combustível] baixar, o preço de referência [do ICMS] vai ficar mais alto. (...) Aí lá na frente, daqui a um ano, veremos o pessoal dizendo 'olha, temos que anular isso porque o efeito é perverso, está funcionando ao contrário do que a gente queria'". O senador considera que a alta dos combustíveis no Brasil poderia ser evitada se não fosse a equiparação no preço do petróleo nacional ao estrangeiro. "A insistência de manter um preço como se o país fosse um importador absoluto de combustíveis de toda espécie, e também de óleo cru como se não tivesse nenhuma refinaria ou produção de petróleo é uma teimosia que está custando caro ao Brasil", pondera. Também se posicionou de forma semelhante a senadora Zenaide Maia (Pros-RN). "O Congresso discutir mudança no cálculo do ICMS não resolve o problema das constantes altas nos preços dos combustíveis. A política de alinhamento com o valor do dólar é que determina a necessidade de reajuste atrás de reajuste, penalizando o bolso do brasileiro e da brasileira", declarou em seu perfil no Twitter. > Veja como cada deputado votou na aprovação do valor fixo do ICMS sobre combustíveis > Maior parte da terceira via ainda fortalece base de Bolsonaro na Câmara 
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

câmara dos deputados economia combustíveis Jean-Paul Prates alíquota do ICMS William Bagdhassarian

Temas

Governo Nota

LEIA MAIS

Guerra comercial

Parlamentares discutem impactos das tarifas dos EUA na economia

Câmara dos Deputados

Comissão inclui mototaxistas em política de mobilidade urbana

Câmara dos Deputados

Diante de exílio de Eduardo, projeto prevê exercício remoto do mandato

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

Câmara dos Deputados

Diante de exílio de Eduardo, projeto prevê exercício remoto do mandato

2

AGENDA DA SEMANA

Veja cinco assuntos na mira do Congresso na semana antes do recesso

3

DEPUTADO NOS EUA

Eduardo diz que "se for o caso" abre mão do mandato na Câmara

4

AGENDA DA SEMANA

Câmara pauta licenciamento ambiental na semana antes do recesso

5

AGENDA DA SEMANA

Senado vota aumento de militares e tem pauta fria na semana pré-férias

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES