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Congresso em Foco
19/5/2007 | Atualizado às 16:05
A Polícia Federal vai investigar documentos apreendidos no escritório da construtora Gautama, na última quinta-feira (17), em Salvador, que relaciona nomes de políticos, incluindo governadores, com valores em dinheiro, indicando o suposto pagamento de propina. Os papéis detalhavam ainda as obras da empresa em andamento em alguns estados.
Os documentos, que começaram a ser analisados ontem pela Diretoria de Inteligência da PF, sugerem a liberação de emendas para obras que a Gautama seria beneficiada. Alguns teriam ainda a descrição de presentes.
A Operação Navalha prendeu 46 pessoas acusadas de participar de uma máfia que fraudava e desvia recursos de obras públicas. Entre os detidos, estão políticos, assessores, empresários e lobistas, como o deputado distrital Pedro Passos (PMDB), o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares (PSB), além do ex-deputado José Ivan Paixão (PPS-SE) e um assessor do atual deputado Márcio Reinaldo (PP-MG).
O atual governador do Maranhão Jackson Lago (PDT) é acusado pela PF de receber propina (R$ 240 mil, por meio de dois sobrinhos que estão detidos) e só foi salvo por causa da Constituição de seu Estado, que determina que o governador seja preso em flagrante.
Na quinta-feira, dia da operação, Lago esteve em Brasília, onde se reuniu com o Ministro da Justiça, Tarso Genro, e o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda. A reunião, que não estava agendada, foi para discutir a operação.
Tarso negou que ela seja um revide do governo federal ao governador – Lula apoiou Roseana Sarney (PMDB), que foi derrotada no segundo turno. Essa, no entanto, é a convicção de Lago. Ele usa a premissa para tentar explicar sua inocência. De acordo com a Polícia Federal, Jackson Lago liberou R$ 11,5 milhões para obras de interesse da Gautama no mesmo dia em que se reuniu com membros da empreiteira, em Brasília. (Lucas Ferraz)
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