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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Edson Sardinha
8/2/2023 | Atualizado às 9:57
Bertaiolli: "Da forma como está, não passa". Foto: FPE[/caption]
Para o presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), o governo deveria ter dialogado com o Congresso ainda no processo de elaboração da MP. Segundo ele, a mudança na regra do voto de qualidade no Carf, em 2020, representou uma "justiça jurídica com os empreendedores brasileiros" e, por isso, não deveria ser revista agora. "Não pode haver um sistema paritário em que o auditor vota duas vezes. A MP destrói o sistema paritário", declarou o deputado ao Congresso em Foco após a reunião com Alckmin.
De acordo com Bertaiolli, Alckmin concordou que é preciso aprofundar a discussão sobre a medida provisória. "Queremos uma conversa que não houve com o governo para buscarmos um meio-termo. Esse é um sentimento muito amplo na Câmara hoje. Arrisco a dizer que, da forma como está, não passa. Alckmin defendeu uma construção para que a MP seja aprovada", afirmou.
A volta do voto de qualidade não é o único nó a ser desatado entre governo e Congresso na MP do Carf. O texto prevê que poderão ser objeto do Carf apenas questões que envolvam quantias superiores a mil salários mínimos (R$ 1.302.000, de acordo com o piso salarial vigente). Antes da mudança, o limite era de 60 salários mínimos (R$ 78.120). Com a medida provisória, dívidas inferiores a mil salários mínimos deverão ser resolvidas pela Delegacia da Receita Federal do Brasil, formada apenas por representantes da União.
"A mudança exclui, na prática, a possibilidade de recurso em segundo grau das micro, pequenas e médias empresas. Não havia limite para recurso ao Carf. Nós incluímos há dois anos o piso de 60 salários mínimos. A Justiça comum não está preparada para julgar esses casos todos, vão entupir a Justiça de processos", reclama Bertaiolli.
A Frente Parlamentar do Empreendedorismo apresentou emenda para reverter a retomada do voto de qualidade e manter o piso de 60 salários mínimos. Além disso, o grupo formado por mais de 250 deputados e senadores quer mudar a forma de composição do colegiado. A proposta, também apresentada na forma de emenda, obriga que as indicações para conselheiros sejam submetidas ao Congresso Nacional.
Segundo a emenda, essas indicações deixariam de ser prerrogativa do Ministério da Fazenda e passariam a ser submetidas à Comissão de Finanças e Tributação (CFT), na Câmara, e na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado, a partir do encaminhamento de listas tríplices.
Assim, o presidente da CFT escolherá um dos nomes das listas tríplices que deverá ser sabatinado em sessão única do colegiado, em caráter terminativo. Se aprovado, o indicado seguirá para sabatina e apreciação da CAE, onde será conduzido o mesmo rito.
O Carf é composto por 130 conselheiros, metade é formada de auditores fiscais, que representam a Fazenda Nacional; o restante procede de confederações e entidades de classe, representando os contribuintes.Tags
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